sexta-feira, outubro 19

Serviço Geológico do Brasil lança produtos e identifica novas potencialidades minerais no Nordeste do país

Mina de scheelita em Bodó, Rio Grande do Norte

O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) vai lançar produtos que promovem avanços no conhecimento geológico e ampliam o potencial mineral dos estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas. Serão apresentadas Notas Explicativas das Folhas Buíque-PE, Lajes-RN e Santa Cruz-RN, mapeadas na escala 1:100.000, Informe Geoquímico da Bacia do Araripe, o Atlas de Rochas Ornamentais dos Estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas, e o relatório do Projeto Campina Grande, que aponta alternativas para o abastecimento por águas subterrâneas

O evento de lançamento dos produtos será na próxima terça-feira, dia 23, às 14h, no Auditório do CREA-PE, situado na Av. Agamenon Magalhães, 2978, Espinheiro, em Recife. Contará com a presença do diretor de Geologia e Recursos Minerais da CPRM, José Leonardo Silva Andriotti, e dos chefes de Departamento Lúcia Travassos e Marcelo Almeida. Os produtos ampliam o conhecimento geológico da região e apontam novas áreas com potencial para pesquisa mineral, que visam alavancar a economia e atrair novos investidores.
Distribuição dos minerais na Bacia do Araripe

Bacia do Araripe – A região localizada nos estados de Pernambuco, Ceará e Piauí, representa 95% do mercado nacional de gipsita, utilizada na fabricação de gesso. Foi alvo de levantamento geoquímico visando identificar outras substâncias minerais que possam fomentar e incrementar a cadeia produtiva de exploração da gipsita. A presença de substâncias minerais importantes tais a celestita (sulfato de estrôncio, SrSO4) e sulfetos de Zn, Pb e Cu já foram evidenciadas. Dentre os resultados há indícios de novas ocorrências na parte norte-nordeste e sul da bacia, em cidades como Santana do Cariri, Crato e Barbalha. No total, 13 zonas anômalas de Sr (±Ba), Cu-Pb-Zn e P foram identificadas.


Pesquisador da CPRM realiza mapeamento Folha Santa Cruz
Rio Grande do Norte – Foi realizado mapeamento geológico sistemático nas Folhas Lajes e Santa Cruz, na escala 1:100 000, em uma área de 6 mil km², localizada na Província Mineral do Seridó, de forte vocação mineira. Na Folha Lajes foram cadastrados 315 pontos de recursos minerais, abrangendo 32 substâncias minerais, como tungstênio, ouro, ferro, tântalo, nióbio e gemas preciosas. Destaque para identificação pela primeira vez na região de ocorrências de mineralizações de Fe-Ti-V, que abrem possibilidades metalogenéticas para ocorrências de outros tipos de mineralizações como EGPs, Ni e Au, associadas a rochas máficas-ultramáficas. Na Folha Santa Cruz, há 693 ocorrências minerais, com destaque para ouro, gemas (água marinha, granada), minerais industriais (tantalita/ columbita) e de uso na construção civil (mármore, areia). Destaque para delimitação de novas áreas potencias para prospecção de scheelita, gemas e ouro.

Pernambuco – O mapeamento geológico da Folha Buíque com de 3 mil km² de área, localizada no semiárido pernambucano, abre perspectivas em área cuja economia é baseada na agricultura, mas é promissora para depósitos de minerais metálicos. Na região, foram cadastradas 41 ocorrências consideradas inéditas. Entre elas, importantes anomalias de terras raras, enriquecidos notadamente em tório, matéria-prima de grande relevância econômica e estratégica, cuja produção mundial hoje concentra-se 97% na República Popular da China.  


Atlas de Rochas Ornamentais -  apresenta o resultado na avaliação de uma área de 235.000 km² nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas, região com expressivos depósitos de rochas ornamentais, com aplicação garantida na condição de revestimento de interiores e exteriores na construção civil. Foram catalogados 85 materiais com base no forte apelo comercial e expectativa de valorização no mercado 
externo. Deste total, 14 não têm registro regular precedente, representando possibilidade para novos empreendimentos mineiros.


Campina Grande - Paraíba – A CPRM foi demandada a atuar de forma emergencial frente ao iminente colapso no fornecimento de água do açude Epitácio Pessoa para a cidade de Campina Grande. O trabalho, realizado na Região Metropolitana de Campina Grande e na Bacia Sedimentar de Boa Vista, avaliou alternativas de abastecimento hídrico a partir de aquíferos em rochas sedimentares e fraturadas. Os estudos hidrogeológicos, geológico-estruturais e geofísicos foram amplos identificando qualidade da água, das rochas, vazão, entre outras informações relevantes.

Convite da CPRM para o lançamento dos produtos.

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Janis Morais
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