terça-feira, junho 12

Unidos pela mesma paixão: Casais da CPRM que encontraram na profissão muito mais do que o amor pelas geociências



Neste  Dia dos Namorados, a Assessoria de Comunicação preparou uma reportagem especial sobre  casais  que trabalham  no Serviço Geológico do  Brasil  (CPRM) e  que compartilham  bem mais do que apenas a paixão pela profissão. São namorados, noivos e casados que se admiram e fazem da nossa  empresa um segundo lar.  Conheça um pouco  as  histórias  desses casais que fazem parte da CPRM, que em breve completa 50 anos. 


Alice Castilho, Éber de Andrade Pinto e seus dois filhos, Lúcio e Cecília, no centenário da escola de engenharia da UFMG, onde se conheceram

Alice Castilho e Éber de Andrade Pinto se conheceram no último ano da faculdade, quando começaram a namorar. “Nós nos formamos numa época difícil e de poucos empregos e concursos. Fizemos o da CPRM em 1993, eu e ele disputando uma vaga em todas as etapas. No final, fui para Goiânia e ele para Belo Horizonte”, conta Alice.

Eles se casaram no civil debaixo de chuva e tiveram dois filhos, Lúcio e Cecília. “Quando engravidei da minha filha, o resultado do teste de gravidez foi enviado por fax para a CPRM e o Éber fez questão de ir me entregar como presente para comemorarmos juntos”, revela.

A história do casal tem se misturado com a da CPRM há 24 anos. Sentindo-se acolhidos e dividindo os bons e maus momentos, os dois já trabalharam em projetos juntos e compartilharam até a mesma sala. “Apesar de termos a mesma formação, em um determinado momento, a carreira de cada um tomou uma direção. A dele foi pra área da pesquisa e a minha para a gerencial”. São perfis que se complementam tanto na vida pessoal quanto profissionalmente, o que contribui para uma admiração mútua entre os dois.  

Isabelle Serafim e Iago Costa durante viagem ao Cerro Tronador, na Argentina
Os pesquisadores em geociências da Divisão de Sensoriamento Remoto e Geofísica  (DISEGE) Isabelle Serafim e Iago Costa tiveram o primeiro contato ainda na Universidade de Brasília ( UnB) em 2010, enquanto cursavam juntos geofísica. “Nessa época, sentávamos na mesma bancada da disciplina de física experimental e foi assim que acabamos nos aproximando”, conta Isabelle.

Com o passar do tempo, o relacionamento foi evoluindo até que em agosto de 2011 começaram oficialmente a namorar. O primeiro grande desafio aconteceu em 2013, quando os dois foram aprovados no concurso da CPRM. A notícia que era maravilhosa também trouxe um grande problema, eles trabalhariam em cidades diferentes.

Isabelle lembra que no dia 02 de dezembro de 2013, o companheiro foi morar no Rio de Janeiro. “No início foi muito difícil e nos perguntávamos várias vezes em como fazer um namoro a distância dar certo, mas o tempo e a vontade de permanecermos juntos se encarregaram de resolver essa situação”.

Após dois anos e meio de ponte aérea, marcados pela felicidade dos encontros as sextas e o aperto no coração com as despedidas de domingo, um dia veio a tão esperada notícia: Iago seria transferido para Brasília. “No mesmo momento, começamos a planejar como seria a nossa nova vida. Decidimos que iríamos morar juntos um mês, tempo necessário para o Iago organizar sua nova casa”, conta a pesquisadora.

Após essa tomada de decisão em 2016, o casal continua junto até hoje e ainda mais apaixonado. Em abril deste ano, Isabelle e Iago ficaram noivos. “Eu poderia dizer que este foi o momento mais feliz das nossas vidas, mas seria injusto com todas as milhares de memórias que construímos ao longo destes sete anos”, confessa Isabelle. 

O casal Márcio Valle e Cleide da Silva. Ele analista e ela pesquisadora em geociências

Cleide da Silva e Márcio Valle se conheceram em 2014 no Serviço Geológico do Brasil (CPRM). Trabalhando juntos há aproximadamente quatro anos, Cleide conta que a lembrança mais feliz ao lado do companheiro foi quando descobriu que estava grávida. “Se pudesse reviver alguma experiência com o Marcio, com certeza seria o momento em que soubemos que teríamos um filho”, revela a pesquisadora em geociências da Superintendência Regional de Recife (PE).

Quando perguntada sobre as maiores qualidades de Márcio, Cleide se rasgou em elogios: “Ele é uma pessoa linda, generosa e companheira, dentre tantas outras coisas”. Para ela, o “caminho das pedras” para o coração de alguém é simplesmente deixar fluir. “Quando se segue em frente, a trilha aparece”, aconselha Cleide.

O tempo parece ser a maior dificuldade na vida do casal. Quando se compartilha a vida pessoal e profissional com alguém, é preciso ter cuidado para que os melhores momentos e as grandes conquistas continuem sendo divididos com a pessoa. O Dia dos Namorados para Cleide, por exemplo, representa mais um dia para se estar junto de quem se ama, ao lembrar aos casais de como é bom aproveitar a vida a dois.

“Amor é querer bem. Ele é calmo, enquanto a paixão é inquieta”. Cleide acredita que as grandes declarações de afeto estão nos pequenos gestos e a felicidade está no dia a dia. Contrariando Tom Jobim, a pesquisadora defende que para ser feliz com alguém, primeiramente é preciso saber ser feliz sozinho.

Reportagem:  Jaques Lucas Cavalcanti


Revisão: Warley Pereira