Antonio Carlos Bacelar, Diretor de Hidrologia e Gestão Territorial, Prof. Raimundo Damasceno, da UFF, e Jean-Michel Martinez, Diretor do Hybam |
De 6 a 10 de novembro, o
Serviço Geológico do Brasil participa do 7th HYBAM scientific meeting, na
Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro, tendo na abertura a presença
do Diretor de Hidrologia e Gestão Territorial, Antônio Carlos Bacelar, como
convidado do encontro.
Com o tema "Large tropical rivers under
climate and land use changes - Evolution of hydrological, sedimentary and
biogeochemical cycles in the critical zone”, o encontro científico de caráter
multidisciplinar reunirá pesquisadores que atuam nas bacias hidrográficas do
continente sulamericano, com o objetivo de acompanhar a evolução das alterações
climáticas e continentais, compartilhando esses conhecimentos
internacionalmente.
O HYBAM é uma rede
internacional de medição hidrológica entre a França e os países da bacia
Amazônica, com parceria também com as bacias do rios Orinoco, na Venezuela, e
Oiapoque e Maroni, na Guiana Francesa, e rio Congo, na África, onde atua coletando, criticando e fazendo
consistência dos dados para disponibilizá-los para a comunidade científica.
Essas medições tem um contexto científico e de desenvolvimento
sustentável, onde aparecem os conceitos de zonas críticas, que ainda não são
bem difundidos na América do Sul, mas estão ganhando força no norte da Europa,
na China e nos Estados Unidos. Zonas críticas são lugares que apresentam numa
fina camada da superfície terrestre que vai do topo da vegetação até a zona de
interação entre o solo e as fontes e as
águas subterrâneas, onde está localizada a maioria dos recursos disponíveis,
essenciais para o ambiente, para os ecossistemas e para a humanidade. A água é
um dos principais elementos da zona
crítica que durante o ciclo hidrológico, envolvendo a precipitação, escoamento
superficial e subterrâneos, transporta matérias essenciais para a via no
oceano.
O Serviço Geológico do Brasil é
um dos parceiros do Hybam, apoiando as pesquisa hidrológicas em todo o
território brasileiro e os seus pesquisadores atuam como suporte na organização
de campanhas hidrológicas de campo nas grandes bacias hidrográficas.
“Um país como o Brasil de dimensões continentais, com uma enorme
diversidade seja na dimensão econômica, social e física,o uso de tecnologias de
ponta, como a que se busca como a hidrologia espacial, entre outras, representa
um grande diferencial na busca de soluções inovadoras e com economicidade”,
afirmou Bacelar.
No encontro serão apresentados os resultados de pesquisa no projeto de “Dinâmica Fluvial no Sistema
Solimões/Amazonas, do Departamento de Hidrologia, por dois pesquisadores em
geociências: Daniel Moreira – Geodesy Applied to Hydrologic Surveys over Amazon
Basin, e André Martinelli – Variabilidade do aporte de sedimentos do Rio Purus
no Rio Amazonas monitorada por satélite.