quinta-feira, dezembro 22

CPRM disponibiliza novos dados geoquímicos


O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) acaba de disponibilizar para consulta e download em seu portal GEOBANK GIS os dados geoquímicos coletados e analisados pela empresa nos últimos 45 anos. A disponibilização compreende 367.411 amostras, entre sedimentos de corrente, concentrados de bateia, solos, rochas e água, distribuídos em todo o território nacional e na plataforma continental brasileira.


Coletadas desde sua fundação, em 1969, os dados geoquímicos apresentam diversos níveis de consistência espacial e métodos analíticos. Conforme explica o Diretor de Geologia e Recursos Minerais da CPRM, José Leonardo Silva Andriotti, “a evolução tecnológica foi ocorrendo ao longo dos anos, os métodos analíticos se aprimoraram e o posicionamento espacial passou a ser feito por GPS. A CPRM acompanhou esse processo e o conjunto de informações agora disponibilizadas reflete os avanços ocorridos”.

A partir de 2009, com a retomada do programa de levantamentos geoquímicos regionais, o foco principal passou a ser a coleta de amostras em áreas de interesse mineral, com análises multielementares como parte da rotina analítica. Análises minerais de concentrados de bateia passaram também a ser realizadas associadas à coleta de amostras de sedimentos de corrente, totalizando 51.288 amostras em diversas partes do território brasileiro, incluindo áreas de relevante interesse mineral, como, por exemplo, o Quadrilátero Ferrífero, Província Borborema, Carajás e Tapajós.

A Divisão de Geoquímica da CPRM informa que a consistência espacial dos dados continua em andamento e, a cada melhoria realizada, uma nova atualização dos dados no GEOBANK GIS será realizada. No momento, as amostras disponibilizadas são classificadas com o Status 0, 1, 2 e 3, sendo que as amostras com Status 0 ainda não passaram por processo de revisão/consistência e as amostras com Status 3 apresentam elevada confiabilidade.

A disponibilização dos dados não apenas para o setor mineral, mas para a sociedade em geral, permite que se elabore mapas de distribuição dos elementos químicos para cada um dos diversos tipos de material amostrados, com aplicação direta em avaliações ambientais e na pesquisa mineral. Segundo o Chefe do Departamento de Geologia da CPRM, Marco Tulio Naves de Carvalho, “poucos países do mundo dispõem de tão ampla base de dados pública, acessíveis aos investidores sem custos e de maneira simplificada. Essa disponibilização ajuda a por o país em posição privilegiada no cenário do setor mineral mundial.” Marco Naves ressalta ainda que “a identificação de áreas geoquímicas anômalas constitui-se em significativo subsídio para o setor mineral brasileiro, especialmente para a priorização de áreas potenciais, conferindo como consequência maior celeridade aos projetos de exploração mineral”.


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