Desde
2003, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) vem executando um amplo programa de
levantamentos geológicos básicos, com o desenvolvimento de projetos de
cartografia geológica em todo o território nacional. Esse processo de retomada
dos levantamentos geológicos visa oferecer cada vez mais oportunidades para o
desenvolvimento do setor mineral brasileiro, ampliando à atração de novos
investimentos.
Essa
iniciativa está acompanhada de um ambicioso programa de levantamentos
aerogeofísicos, que prioriza a Região Amazônica. Esses aerolevantamentos -
realizados pelos métodos magnetométricos e gamaespectrométricos de alta
resolução, com espaçamento de 500 metros entre as linhas de voo, - já
recobriram mais de 90% dos terrenos cristalinos do Brasil.
Estas
ações levaram ao aumento significativo de produtividade na elaboração de mapas
geológicos nos últimos anos. Balanço da Diretoria de Geologia e Recursos
Minerais (DGM) revela que em 2014, foram publicados 100 mapas geológicos: sendo
15 na escala 1:250.000, 82 na escala 1:100.000, e três na escala 1:50.000. Dos
mapas na escala 1:100.000, 27 foram elaborados em parcerias com universidades:
UFPA, UFRJ, UFC, UFBA, UFES, UFMT, UFPE, UNISINOS e USP
Estratégia - o
diretor de Geologia e Recursos Minerais da CPRM, Roberto Ventura, explica que
nos últimos anos, a empresa vem
desenvolvendo novas estratégias de gerenciamento dos projetos, desde a seleção
das áreas a serem mapeadas, até a
sistemática de execução dos trabalhos, visando obter maior qualidade e rapidez
na finalização dos estudos. Essa nova sistemática inclui também a maneira de
disponibilização dos produtos cartográficos no Geobank, o banco de dados
corporativo da CPRM.
Treinamento
de campo na Faixa Sergipana de 21
novos geólogos com os instrutores Vladimir Medeiros, Erison Lima e Alan Costa |
“Estabelecemos
como meta conhecer áreas potencialmente mineralizadas ou com conhecimento geológico
muito baixo ou inexistente. Para garantir a qualidade dos produtos, nossas
equipes de execução dos projetos vêm participando de intenso programa de
treinamento em cartografia geológica no Centro de Estudos Geológicos em Morro
do Chapéu, na Bahia, onde já foram capacitados 122 geólogos, incluindo 53 que
foram recentemente contratados pela instituição”, destaca Roberto Ventura.
O
diretor comenta a importância da iniciativa que, de acordo com ele, foi
responsável por difundir uma nova cultura de trabalho na empresa. “O resultado
dessa nova metodologia de trabalho é a evolução constante na produção de mapas
geológicos com foco no potencial mineral. Esses produtos estimulam a pesquisa e
ajudam a alavancar o conhecimento geológico do País”, diz Ventura.
Mapas de Integração Geofísica-Geológica
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Em 2014 foram finalizados e disponibilizados para download no Geobank seis mapas de integração
geofísico-geológica, sendo (2) no
Amazonas, (2) em Roraima, (1) em
Goiás, (1) em área que inclui os estados
de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.
“São produtos novos da CPRM, que visam agregar valor aos levantamentos
aerogeofísicos de alta resolução recentemente concluídos, através da
interpretação aerogeofísica integrada com a interpretação de imagens de
sensores remotos e com dados geológicos pré-existentes, na escala preferencial
1:250.000”, explica Reginaldo Alves, chefe do Departamento de Geologia da
CPRM.
Alves conta que esses mapas são elaborados em
áreas selecionadas prioritariamente na Região Amazônica, em locais de pouco
conhecimento geológico e difícil acesso, e servirão não só para aumentar o
conhecimento geológico no curto prazo, como também para delimitar áreas
anômalas com potencial metalogenético e subsidiar a seleção de folhas para futuros
projetos de cartografia geológica na região.
Evolução do número de folhas concluídas nos últimos anos |