quinta-feira, novembro 6

Banco Mundial promove workshop sobre riscos de desastres

Thales Sampaio apresenta no workshop
as atividades da CPRM 

O diretor de Hidrologia e Gestão Territorial da CPRM, Thales de Queiroz Sampaio, participou do evento “Lidando com Perdas: Opções de Proteção Financeira contra Desastres no Brasil”, realizado na segunda-feira (3/11), promovido pelo Banco Mundial. A reunião contou com cerca de 40 participantes, entre autoridades empresariais e governamentais nacionais e internacionais.

Encontro reuniu autoridades empresariais
governamentais nacionais e internacionais
O diretor Thales iniciou sua palestra apresentando os levantamentos geológicos, hidrológicos e de informações para a gestão territorial realizado pela CPRM ao longo dos seus 45 anos de existência, sua missão, valores e as atividades, atualmente desenvolvidas, no eixo mapeamento do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres do governo federal. Além do diretor, outros pesquisadores da empresa acompanharam o evento: assessor da diretoria, Claudionor Araújo, Cássio Roberto Silva e Sandra Fernandes Silva do Departamento de Gestão Territorial (DEGET).

O workshop tratou principalmente do referido Plano e dos resultados alcançados pelas diversas instituições envolvidas e a possibilidade de efetuar seguros em áreas de riscos. O Plano foi criado em 2012 e conta com 18,2 bilhões de recursos destinados a realização de mapeamento geológico-geotécnicos, intervenções estruturais (rede de drenagens, contenção de encostas), criação e funcionamento de sistema de monitoramento e alerta a desastres, fortalecimentos das defesas civis federal, estaduais e municipais e adequada resposta por ocasião da ocorrência de desastres. A atuação vem se desenvolvendo de forma integrada entre vários ministérios, sob a coordenação direta da Casa Civil da Presidência da República.

O objetivo principal é diminuir as perdas de vidas e materiais, bem como  fortalecer a cultura de prevenção a desastres no país. Neste aspecto, a CPRM contribui no mapeamento de áreas de risco em áreas urbanas e de suscetibilidade a movimentos gravitacionais de massa e inundações, em todo o espaço territorial dos municípios considerados críticos, apontando um diagnóstico  para intervenções a serem feitas afim de evitar os desastres e ao planejamento das ocupações futuras. E, também promover capacitação técnica na identificação de áreas de riscos para representantes das defesas civis e agentes municipais.

Público acompanhando a apresentação do diretor da CPRM
Até hoje foram executados pela CPRM, no território nacional, a setorização de riscos em 850 municípios com alto e muito alto risco de deslizamento e inundações e a elaboração de cartas de suscetibilidade em 185 municípios. E desde 2007, foram capacitados na identificação de riscos cerca de 1400 técnicos entre bombeiros, profissionais da defesa civil e pessoas interessadas por todo Brasil. “Tem sido um belo trabalho de integração entre as equipes da CPRM e defesa civil federal, estaduais e municipais”, avalia Thales Sampaio.

Segundo o diretor Thales Sampaio, a combinação dos dados obtidos, a construção de sistemas preventivos e capacitação setorial, estarão contribuindo na tarefa de salvar vidas e evitar perdas materiais. “Nos sistemas de alertas hidrológicos podemos nas regiões sul-sudeste prever com até seis horas de antecedência a ocorrência de um evento meteorológico extremo”, afirmou.

O Grupo Banco Mundial, constitui-se na maior fonte global de assistência para o desenvolvimento, proporcionando cerca de US$ 60 bilhões anuais em empréstimos e doações aos 187 países-membros, sendo que neste evento foi apresentação aos órgãos e instituições brasileiras a proteção financeira através da utilização de seguros em áreas de riscos a desastres, através das experiências exitosas no México, Suíça e em alguns países sul americanos.

Após as apresentações dos representantes das instituições de governo e empresariais do setor de seguros, foram discutidos dois painéis:

Painel 1 – Sistemas de coleta e gestão de dados econômicos sobre desastres no Brasil: potencial uso de metodologias de avaliação de perdas e danos por desastres na orientação da alocação de recursos durante a resposta aos desastres.


Painel 2 – Desenvolvimento de mercado de seguros: opção de proteção financeira contra desastres e recuperação pós-desastres no Brasil.