Thales Sampaio apresenta no workshop
as atividades da CPRM
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O diretor de Hidrologia e
Gestão Territorial da CPRM, Thales de Queiroz Sampaio, participou do evento “Lidando com Perdas: Opções de
Proteção Financeira contra Desastres no Brasil”, realizado na segunda-feira
(3/11), promovido pelo Banco Mundial. A reunião contou com cerca de 40
participantes, entre autoridades empresariais e governamentais nacionais e
internacionais.
Encontro reuniu autoridades
empresariais e
governamentais nacionais e internacionais |
O diretor Thales iniciou sua
palestra apresentando os levantamentos geológicos, hidrológicos e de informações
para a gestão territorial realizado pela CPRM ao longo dos seus 45 anos de
existência, sua missão, valores e as atividades, atualmente desenvolvidas, no
eixo mapeamento do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres do
governo federal. Além do diretor,
outros pesquisadores da empresa acompanharam o evento: assessor da diretoria, Claudionor
Araújo, Cássio Roberto Silva e Sandra Fernandes Silva do Departamento de Gestão
Territorial (DEGET).
O workshop tratou
principalmente do referido Plano e dos resultados alcançados pelas diversas
instituições envolvidas e a possibilidade de efetuar seguros em áreas de riscos.
O Plano foi criado em 2012 e conta com 18,2 bilhões de recursos destinados a
realização de mapeamento geológico-geotécnicos, intervenções estruturais (rede
de drenagens, contenção de encostas), criação e funcionamento de sistema de
monitoramento e alerta a desastres, fortalecimentos das defesas civis federal,
estaduais e municipais e adequada resposta por ocasião da ocorrência de
desastres. A atuação vem se desenvolvendo de forma integrada entre vários
ministérios, sob a coordenação direta da Casa Civil da Presidência da República.
O objetivo principal é
diminuir as perdas de vidas e materiais, bem como fortalecer a cultura de prevenção a desastres
no país. Neste aspecto, a CPRM contribui no mapeamento de áreas de risco em
áreas urbanas e de suscetibilidade a movimentos gravitacionais de massa e
inundações, em todo o espaço territorial dos municípios considerados críticos, apontando
um diagnóstico para intervenções a serem
feitas afim de evitar os desastres e ao planejamento das ocupações futuras. E,
também promover capacitação técnica na identificação de áreas de riscos para
representantes das defesas civis e agentes municipais.
Público acompanhando a apresentação
do diretor da CPRM
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Até hoje foram executados
pela CPRM, no território nacional, a setorização de riscos em 850 municípios
com alto e muito alto risco de deslizamento e inundações e a elaboração de
cartas de suscetibilidade em 185 municípios. E desde 2007, foram capacitados na
identificação de riscos cerca de 1400 técnicos entre bombeiros, profissionais
da defesa civil e pessoas interessadas por todo Brasil. “Tem sido um belo
trabalho de integração entre as equipes da CPRM e defesa civil federal,
estaduais e municipais”, avalia Thales Sampaio.
Segundo o diretor Thales
Sampaio, a combinação dos dados obtidos, a construção de sistemas preventivos e
capacitação setorial, estarão contribuindo na tarefa de salvar vidas e evitar perdas
materiais. “Nos sistemas de alertas hidrológicos podemos nas regiões
sul-sudeste prever com até seis horas de antecedência a ocorrência de um evento
meteorológico extremo”, afirmou.
O Grupo Banco Mundial, constitui-se
na maior fonte global de assistência para o desenvolvimento, proporcionando
cerca de US$ 60 bilhões anuais em empréstimos e doações aos 187 países-membros,
sendo que neste evento foi apresentação aos órgãos e instituições brasileiras a
proteção financeira através da utilização de seguros em áreas de riscos a
desastres, através das experiências exitosas no México, Suíça e em alguns
países sul americanos.
Após as apresentações dos
representantes das instituições de governo e empresariais do setor de seguros,
foram discutidos dois painéis:
Painel 1 – Sistemas de
coleta e gestão de dados econômicos sobre desastres no Brasil: potencial uso de
metodologias de avaliação de perdas e danos por desastres na orientação da
alocação de recursos durante a resposta aos desastres.
Painel 2 – Desenvolvimento
de mercado de seguros: opção de proteção financeira contra desastres e
recuperação pós-desastres no Brasil.