Visita à
mina Casa de Pedra
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Com o objetivo de examinar o
contexto geológico e a natureza dos depósitos minerais do Quadrilátero
Ferrífero, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), por meio da Superintendência
Regional de Belo Horizonte (Sureg-BH), coordenou, nos dias 24 e 25/10, uma viagem
de campo à região, para cerca de 50 pesquisadores estrangeiros, de diversos
países, que participaram do Underwater Mining Institute Conference (UMI)
realizado nos dias 21 a 23/10, no Rio de Janeiro.
No primeiro dia, os
participantes visitaram a mina de ferro Casa de Pedra, de Propriedade da CSN,
localizada no município de Congonhas. No local, os pesquisadores tiveram uma
visão geral da mineralização e dos principais processos de geração dos diversos
tipos de minérios de ferro encontrados no Quadrilátero Ferrífero. A visita à
Mina foi orientada pelo geólogo Henrile Pinheiro Meireles da CSN.
Pesquisadores
na entrada da mina Cuiabá
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No segundo dia, o grupo foi
dividido em três. O primeiro, composto de 15 pessoas, visitou a mina
subterrânea de ouro Cuiabá, da Anglogold Ashanti, localizada no município de
Sabará. Na ocasião, os pesquisadores visitaram duas galerias: uma no nível 9, a
540 metros de profundidade e outra no nível 15, a cerca de 900 metros. Antes da
entrada na mina, todos assistiram a uma palestra sobre a geologia e metalogenia do ouro na mina de Cuiabá, bem como informações sobre o processo de operação e
produção. Ao final da visita, os visitantes assistiram a uma palestra sobre a
metalogenia do ouro no Quadrilátero Ferrífero.
O segundo grupo, com cerca
de 20 pesquisadores, visitou alguns afloramentos nos arredores dos municípios
de Ouro Preto e Mariana, e a mina de Passagem de Mariana. O grupo aprendeu
sobre as ocorrências de minério de ouro na Serra de Ouro Preto e os aspectos
históricos da exploração.
Já os cerca de 20
pesquisadores do terceiro grupo visitaram as exposições de komatiito do Grupo
Quebra Osso, localizado na região compreendendo os municípios de Santa Bárbara
e Catas Altas. Na visita realizada à pedreira Francisco III, foi possível
verificar importantes elementos texturais primários ainda preservados que,
juntamente com dados geoquímicos disponíveis, fornecem importantes indicações
acerca da gênese dessas rochas.
Interior
da mina Cuiabá
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A coordenação e orientação
aos pesquisadores durante as visitas de campo estiveram a cargo dos geólogos:
Marco Antônio Fonseca, Márcio Antônio da Silva e Marcelo de Souza Marinho, da
Superintendência Regional de Belo Horizonte, além dos professores Fernando
Alkmim e Marcos Suita, da Universidade Federal de Ouro Preto.