Os trabalhos que o Serviço
Geológico do Brasil (CPRM) realiza, através de levantamentos geológicos e
avaliação do potencial mineral em
diversas áreas do território nacional, representa importante avanço para evolução
do conhecimento e criação de novas oportunidades no país. Desta vez a CPRM
esteve na cidade de Florianópolis para lançar os Informes de Recursos Minerais
que sintetizam o conhecimento em áreas que somam mais de 25 mil km², localizadas
no centro-leste de Santa Catarina e no sudeste do Paraná. O evento aconteceu na
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e contou com a presença da diretoria da CPRM,
de estudantes e professores e de
profissionais do setor mineral.
A geóloga Tamara Manfredi
apresenta os trabalhos sobre o fosfato na porção centro-leste do estado de Santa Catarina |
Foram lançados Informes de
Recursos Minerais Fosfato na Porção
Centro-Leste do Estado de Santa Catarina e Integração Geológica-Geofísica e
Recursos Minerais do Cráton Luís Alves. No primeiro, através do levantamento
geoquímico, foi avaliado potencial para mineralizações de fosfato na região
nordeste de Santa Catarina, ao leste do Paraná. No segundo, foi apresentado o resultado da
atualização da geologia do Cráton Luis Alves, e dos recursos minerais
associados, como ferro e ouro, além do manganês, cobalto, níquel, cromo e
vanádio. De acordo com o diretor-presidente
da CPRM Esteves Colnago, as entregas dos estudos
trazem oportunidades para a região. “O estado de Santa Catarina possui
atividades agrícolas expressivas. Além disso, dispor de fosfato em seu
território ajuda muito as possibilidades de expansão da economia local”,
afirmou.
O geólogo Leandro Betiollo apresenta as áreas de relevante potencial mineral do Cráton Luis Alves |
Para o Diretor de Geologia e
Recursos Minerais José Leonardo Andriotti,
esses projetos têm como objetivo proporcionar o incremento do conhecimento
geológico e atrair investimentos para o setor mineral, contribuindo para o
desenvolvimento nacional através do fomento da mineração, subsidiando também a
formulação de políticas públicas e apoiando as tomadas de decisão de
investimentos.
Alunos e professores do curso de Geologia da Universidade Federal de
Santa Catarina participaram do evento e puderam entender a importância dos
trabalhos apresentados. Gustavo Cortez, estudante do 4° período de geologia,
destacou a relevância do trabalho para o estado e também para a área acadêmica.
“As palestras, tanto sobre o fosfato como sobre o Cráton Luís Alves, mostraram
novas possibilidades de exploração no estado. Elas também serviram para ampliar
as áreas de pesquisa da própria universidade, abriram portas para pesquisas de mestrado e teses de conclusão de
curso, além de aprimorar a nossa grade”, destacou o estudante.
Equipe do Serviço Geológico do
Brasil prestigia o evento com estudantes e professores da UFSC
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O objetivo do Projeto Fosfato
é o conhecimento dos depósitos e ocorrências de fosfato em todo o país e a
ampliação das reservas brasileiras. O informe apresenta informações geológicas
que permitiram definir ambientes favoráveis à mineralização de fosfato em Santa
Catarina, mais especificamente na região centro-leste do estado. A avaliação do
potencial de fosfato nesta região consistiu na coleta de informações no campo e
na reinterpretação e integração de dados geoquímicos e geofísicos extraídos do
banco de dados do Serviço Geológico do Brasil – CPRM, coletados em diferentes
períodos de tempo.
O projeto de Integração
Geológica-Geofísica e Recursos Minerais do Cráton Luís Alves abrange do
nordeste de Santa Catarina ao leste do Paraná e foi desenvolvido em ambiente
SIG, apresentando produtos cartográficos na escala 1:250.000. Além de integrar as
informações geológicas existentes com o auxílio da aerogeofísica, que permitiu
um melhor entendimento sobre as unidades geológicas da área, o projeto também
utilizou uma gama de ferramentas de pesquisa, como petrografia, geoquímica de
rocha total e geoquímica de sedimentos de corrente. As localizações dos
recursos minerais, como ferro e ouro, foram consistidas e a geoquímica de
sedimentos de corrente revelou áreas potenciais para ferro, manganês, cobalto,
níquel, crômio e vanádio, com predominância de controle estrutural para as
concentrações observadas.
Para acessar as publicações, clique nos conteúdos abaixo:
- Avaliação do potencial de fosfato no Brasil, fase III: centro-leste de Santa Catarina
- Área de Relevante Interesse Mineral, Integração geológica-geofísica e recursos minerais do Cráton Luis Alves
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