A partir de sexta-feira, dia 29 de
janeiro até quarta-feira dia 4 de fevereiro, órgãos do
governo federal vão promover ações de combate à epidemia de Dengue, ZiKa e
Chikungunya que se alastra por várias regiões do Brasil. Trata-se de uma
campanha de limpeza exaustiva em todas as instalações da Administração Pública
Federal.
No primeiro dia da campanha massiva, sexta-feira (29/01), acontecerá o "faxinaço"
nos prédios públicos. Funcionários vão dedicar o dia à erradicação de todas as
fontes potenciais de hospedagem e reprodução do mosquito Aedes Aegypti.
Por iniciativa do Centro de Saúde
Operacional (CSO), o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) fará uma campanha intensiva contra o mosquito em todas as
unidades regionais da empresa. Entre as ações, um mutirão nacional, divulgação
eletrônica para todos os empregados e colaboradores, cartazes de divulgação e o
Dia D para varredura e prevenção do mosquito até o final de março.
O país vive um momento único no
enfrentamento das doenças causadas pelo Aedes Aegypti. A ação é considerada
uma resposta engajada e comprometida com o futuro da nação por parte de todo o
funcionalismo federal.
O Grupo de Trabalho de Enfrentamento ao Aedes Aegypti criado pelo governo
federal se reuniu nesta quarta-feira (26/1), no Ministério do Planejamento em
Brasília. Além do Ministério da Saúde, o grupo é formado por mais 15
ministérios que trabalham em ações de combate à epidemia de Dengue, ZiKa e
Chikungunya. O encontro reuniu representantes de ministérios e empresas para
discutir formas de ação do mutirão cívico.
Através do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas
Estatais do Ministério do Planejamento (DEST), o governo pretende organizar
cronogramas de ações dentro das estatais com o objetivo de combater as doenças
causadas pelo mosquito. Segundo Neilton Oliveira, representante do Ministério
da Saúde, já há uma Sala Nacional de Controle atuando em conjunto com Salas
Estaduais, que contam com a ajuda de homens das Forças Armadas para organizar o
trabalho de prevenção e monitoramento dos focos de transmissão, mas é preciso
envolver mais fortemente as empresas estatais.
Para Neilton Oliveira, a determinação da presidenta Dilma é bem clara no
sentido de envolver os órgãos públicos no enfrentamento do problema para que
assim “a sociedade entenda que esta não é apenas uma campanha de saúde, mas uma
causa que precisa ter a sociedade brasileira como protagonista”. “Nós somos os
primeiros que temos que dar o exemplo do comprometimento com este assunto e
vamos realizar inspeção em todos os prédios públicos para eliminar os focos do
mosquito”, disse o representante do Ministério da Saúde.
Ações de combate – Durante a reunião, algumas
estatais já informaram quais ações estão sendo promovidas no sentido de
prevenir a transmissão das doenças. A Infraero relatou que todos os aeroportos
do país organizam reuniões de monitoramento e estão fazendo inspeções em suas
áreas externas buscando eliminar os focos de larvas do mosquito. A Fiocruz
revelou que até o final de fevereiro cerca de 50 mil kits de testes de
diagnósticos das três doenças serão disponibilizados para as unidades de saúde
do país. Já a Caixa Econômica, pediu a elaboração de uma cartilha com pontos
que ensinem os beneficiários do Programa Minha Casa Minha Vida a fazer uma
espécie de “varredura familiar” para eliminar possíveis criadouros dos
mosquitos.
A atenção especial do Governo Federal está voltada para a transmissão do
Zika vírus com o aumento dos casos de microcefalia no país. De outubro do ano
passado até agora foram registrados cerca de 4 mil casos. ”Corremos o risco de
perder uma geração de brasileiros se não agirmos rapidamente”, alertou o
Diretor do DEST, Murilo Barella.