Técnicos em Geociências durante
monitoramento na Ponte Nova do Paraopeba
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As chuvas
ocorridas em Brumadinho desde o dia 4 de fevereiro estão ocasionando elevação
dos níveis, das vazões e dos valores de turbidez do rio Paraopeba. Estas
alterações já eram esperadas por conta das precipitações. Entretanto, os
técnicos identificaram que uma grande concentração de sedimentos está
localizada entre Brumadinho e a Ponte BR-262. Neste trecho, de extensão
aproximada de 52km a partir da barragem do Córrego do Feijão, estão sendo
verificados altos valores de turbidez. Haja vista a complexidade deste
desastre, todo cuidado no monitoramento está sendo tomado pela CPRM, ANA, IGAM
e COPASA. As análises de turbidez são realizadas In loco e nos Laboratórios de
Análises Minerais da CPRM.
Com as chuvas na
região do córrego Ferro‐Carvão, mais conhecido como córrego do Feijão, ou até
mesmo em afluentes do rio Paraopeba, é esperada a ocorrência de pulsos de
elevação de turbidez, que podem inclusive se sobrepor, e vão se propagando e
dissipando. Neste cenário de chuvas, torna-se inviável a identificação de
diferentes frentes de plumas de turbidez se deslocando ao longo do rio
Paraopeba.
De acordo com o
último boletim publicado nesta quinta-feira (7/2), foram registradas
precipitações nas estações pluviométricas automáticas da Rede
Hidrometeorológica Nacional operadas pela CPRM na região. Em Alberto Flores,
município de Brumadinho, a precipitação total desde o dia 4/2 foi de 61,4mm. Já
em Ponte Nova do Paraopeba, município de Juatuba, foi de 151,8mm.
Em Ponte BR-262
e Ponte Nova do Paraopeba ontem (7), foram observados valores de turbidez mais
baixos que a média averiguada no dia anterior (6), o que pode indicar uma
deposição dos sedimentos no trecho entre Ponte BR-381 e Ponte Nova do
Paraopeba.
Em Ponte da
Taquara, município de Paraopeba, a 176 km da barragem, foi observado um aumento
de turbidez, o que era esperado em decorrência das chuvas ocorridas a montante
desta estação desde o dia 04/02.
Caso as chuvas
continuem, é esperada elevação da turbidez no rio Paraopeba, em decorrência do
transporte de sedimentos oriundos da barragem e já depositados no leito do rio,
além da contribuição natural da bacia hidrográfica.
Este já é o 12º
segundo boletim elaborado pelos técnicos, analistas e pesquisadores em
Geociências do Serviço Geológico do Brasil, em parceria com a ANA, IGAM e
COPASA. O trabalho de monitoramento in loco teve início no dia 26/01.
Atualmente, equipes da CPRM atuam em três pontos fixos: Mário Campos, Ponte
Nova do Paraopeba e Ponte da Taquara. Outros pontos de monitoramento são
estabelecidos conforme as necessidades. A sala de situação para recebimento das
informações coletadas nos pontos de interesse foi implementada no dia do
rompimento da barragem (25/01), na Superintendência Regional de Belo Horizonte.
O trabalho In
loco é composto por medições de vazão do rio com equipamentos acústicos e
análises de parâmetros de qualidade da água, como a turbidez, temperatura,
oxigênio dissolvido, pH e condutividade elétrica.
Clique aqui para ler na íntegra o boletim de
quinta-feira (7).
Acesse a página
de monitoramento: http://www.cprm.gov.br/sace/index_rio_paraopeba.php
Pedro Henrique
Santos
Colaboração:
Artur Matos, Luana Kessia e Eduardo Cucolo
Assessoria de
Comunicação
Serviço
Geológico do Brasil (CPRM)
(21) 2295-4641