Técnicos em Geociências durante monitoramento na Ponte Nova do Paraopeba |
A ausência de chuvas desde o dia (9/2) na área a montante da bacia do Rio Paraopeba, possivelmente, contribuiu para a redução de turbidez nos pontos de monitoramento em Mário Campos, que está a 29km da barragem do Córrego do Feijão, e Ponte BR-381, localizada a 40km da barragem respectivamente. Identificou-se também ligeiras reduções em Ponte Nova do Paraopeba e Ponte da Taquara. Já na Ponte BR-262 foi verificada elevação na turbidez.
Haja vista a complexidade deste desastre, todo cuidado no monitoramento está sendo tomado pela CPRM, ANA, IGAM e COPASA. As análises de turbidez são realizadas In loco e nos Laboratórios de Análises Minerais da CPRM.
De acordo com o último boletim publicado neste domingo (10/2), em Alberto Flores, município de Brumadinho, a precipitação total desde o dia 4/2 foi de 61,6mm. Já em Ponte Nova do Paraopeba, município de Juatuba, foi de 152,2mm. As precipitações são registradas por intermédio de estações pluviométricas automáticas da Rede Hidrometeorológica Nacional operadas pela CPRM na região.
Análise situacional - Com as chuvas na região do córrego Ferro‐Carvão, mais conhecido como córrego do Feijão, ou até mesmo em afluentes do rio Paraopeba, é esperada a ocorrência de pulsos de elevação de turbidez, que podem inclusive se sobrepor, e vão se propagando e dissipando. Neste cenário de chuvas, torna‐se inviável a identificação de diferentes frentes de plumas de turbidez se deslocando ao longo do rio Paraopeba.
Este já é o 15º boletim elaborado pelos técnicos, analistas e pesquisadores em Geociências do Serviço Geológico do Brasil, em parceria com a ANA, IGAM e COPASA. O trabalho de monitoramento in loco teve início no dia 26/01. Atualmente, equipes da CPRM atuam em três pontos fixos: Mário Campos, Ponte Nova do Paraopeba e Ponte da Taquara. Outros pontos de monitoramento são estabelecidos conforme as necessidades. A sala de situação para recebimento das informações coletadas nos pontos de interesse foi implementada no dia do rompimento da barragem (25/01), na Superintendência Regional de Belo Horizonte.
O trabalho In loco é composto por medições de vazão do rio com equipamentos acústicos e análises de parâmetros de qualidade da água, como a turbidez, temperatura, oxigênio dissolvido, pH e condutividade elétrica.
Clique aqui para ler na íntegra o boletim de domingo (10).
Acesse aqui a página de monitoramento.
Pedro Henrique Santos
Colaboração: Artur Matos
Assessoria de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil (CPRM)
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(21) 2295-4641