Alunos durante atividade prática |
O Departamento de
Geociências da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), em
Seropédica, no Rio de Janeiro, foi palco para o curso prático e básico de QGIS
entre os dias 18 e 19 de outubro. A capacitação, voltada para a extração de
estruturas rúpteis (lineamentos), foi ministrada pela pesquisadora em
geociências do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) Patricia Jacques, e contou
com a presença de 12 estudantes.
QGIS é um Sistema de
Informações Geográficas (SIG) de código livre que permite a visualização,
análise e edição de dados georreferenciados em que é possível trabalhar com
dados em formato vetor e raster. Essa ferramenta de geoprocessamento pode ser
utilizada e aplicada em todas as áreas das Geociências, embora o foco do curso
tenha sido para a extração de lineamentos. Os dados vetoriais utilizados foram
extraídos do GeoSGB da CPRM,
onde os alunos aprenderam a consultá-lo e a retirar dados do sistema; e os
dados raster foram imagens de Modelo Digital de Relevo do SRTM, extraídos da
página do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Todos eles estão
disponíveis ao público gratuitamente.
Durante o curso, foram
realizados exercícios práticos no QGIS, que incluíram o tratamento de imagens e
a definição de lineamentos com base em imagens de sensoriamento remoto (projeto
SRTM). Para Patricia Jacques, o curso de QGIS vem para somar aos conhecimentos
dos estudantes. “Por ser um software livre, os alunos podem utilizar sem
precisar comprar o software em qualquer local que vierem a trabalhar no futuro”,
afirma a pesquisadora.
Entre os temas abordados,
destacam-se: Apresentação do QGIS, propriedades dos projetos e das camadas,
ferramentas de seleção e consulta, tabelas de atributo, mosaico de imagens,
extração de curvas de nível, declividade, relevo sombreado, lineamentos e
diagrama de rosas. Parte das apostilas usadas no treinamento foram produzidas
pela analista em Geociências Gabriela Figueiredo e pelo técnico em Geociências
Luiz Fernando Rezzano, ambos da Divisão de Geoprocessamento da CPRM.
Ainda segundo a pesquisadora
Patricia Jacques, o sucesso de qualquer profissional que queira utilizar
técnicas de geoprocessamento depende da prática e da constante atualização
profissional. “Uma das alunas veio me pedir ajuda para o trabalho de conclusão
do curso dela, outra conversou comigo sobre neotectônica e passei uma
referência para ela trabalhar com assimetria de bacias. Penso que é um curso
que não termina nele mesmo. Novas ideias e questões são formuladas a partir das
experiências dos próprios alunos”, ponderou.
Patricia durante apresentação do curso |
Texto: Ix Chel de Carvalho e Pedro Henrique Santos
Assessoria de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil - CPRM
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