terça-feira, outubro 23

Estudantes de Geologia da UFRRJ participam de curso de QGIS ministrado por pesquisadora da CPRM

Alunos durante atividade prática

O Departamento de Geociências da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), em Seropédica, no Rio de Janeiro, foi palco para o curso prático e básico de QGIS entre os dias 18 e 19 de outubro. A capacitação, voltada para a extração de estruturas rúpteis (lineamentos), foi ministrada pela pesquisadora em geociências do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) Patricia Jacques, e contou com a presença de 12 estudantes.

QGIS é um Sistema de Informações Geográficas (SIG) de código livre que permite a visualização, análise e edição de dados georreferenciados em que é possível trabalhar com dados em formato vetor e raster. Essa ferramenta de geoprocessamento pode ser utilizada e aplicada em todas as áreas das Geociências, embora o foco do curso tenha sido para a extração de lineamentos. Os dados vetoriais utilizados foram extraídos do GeoSGB da CPRM, onde os alunos aprenderam a consultá-lo e a retirar dados do sistema; e os dados raster foram imagens de Modelo Digital de Relevo do SRTM, extraídos da página do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Todos eles estão disponíveis ao público gratuitamente.

Durante o curso, foram realizados exercícios práticos no QGIS, que incluíram o tratamento de imagens e a definição de lineamentos com base em imagens de sensoriamento remoto (projeto SRTM). Para Patricia Jacques, o curso de QGIS vem para somar aos conhecimentos dos estudantes. “Por ser um software livre, os alunos podem utilizar sem precisar comprar o software em qualquer local que vierem a trabalhar no futuro”, afirma a pesquisadora.

Entre os temas abordados, destacam-se: Apresentação do QGIS, propriedades dos projetos e das camadas, ferramentas de seleção e consulta, tabelas de atributo, mosaico de imagens, extração de curvas de nível, declividade, relevo sombreado, lineamentos e diagrama de rosas. Parte das apostilas usadas no treinamento foram produzidas pela analista em Geociências Gabriela Figueiredo e pelo técnico em Geociências Luiz Fernando Rezzano, ambos da Divisão de Geoprocessamento da CPRM.

Ainda segundo a pesquisadora Patricia Jacques, o sucesso de qualquer profissional que queira utilizar técnicas de geoprocessamento depende da prática e da constante atualização profissional. “Uma das alunas veio me pedir ajuda para o trabalho de conclusão do curso dela, outra conversou comigo sobre neotectônica e passei uma referência para ela trabalhar com assimetria de bacias. Penso que é um curso que não termina nele mesmo. Novas ideias e questões são formuladas a partir das experiências dos próprios alunos”, ponderou. 


Patricia durante apresentação do curso


Texto: Ix Chel de Carvalho e Pedro Henrique Santos
Assessoria de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil - CPRM
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