sexta-feira, outubro 26

CPRM apresenta novas potencialidades minerais do Nordeste do país



No total, 50 pessoas acompanharam o lançamento dos produtos da CPRM

O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) apresentou nesta terça-feira, dia 23/10, o resultado de estudos geológicos que ampliam o potencial mineral dos estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas. Mais de 50 pessoas acompanharam a apresentação das Notas Explicativas das Folhas Buíque-PE, Lajes-RN e Santa Cruz-RN, mapeadas na escala 1:100.000, do Informe Geoquímico da Bacia do Araripe, do Atlas de Rochas Ornamentais dos Estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas, e do relatório do Projeto Campina Grande, que aponta alternativas para o abastecimento por águas subterrâneas.


“Além de ampliar o conhecimento geológico, nosso objetivo é apontar novas áreas com potencial para pesquisa mineral, que visam alavancar a economia e atrair novos investidores”, afirmou o diretor de Geologia e Recursos Minerais da CPRM, José Leonardo Silva Andriotti, durante a abertura do evento. Também Participaram da mesa, o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (CREA-PE), Evandro Alencar, e o Superintendente Regional de Recife da CPRM, Sérgio Maurício Coutinho Corrêa de Oliveira. Os chefes de Departamento da CPRM Lúcia Travassos e Marcelo Almeida e a gerente de Geologia e Recursos Minerais, Maria de Fátima Lyra de Brito, também acompanharam o lançamento no Auditório do CREA-PE.

Geóloga Maria Angélica Batista Lima apresentou
a Folha Buíque, Pernambuco
Pernambuco foi um dos estados beneficiados com a identificação de novas potencialidades minerais. Com o mapeamento geológico da Folha Buíque, localizada no semiárido pernambucano, a CPRM concluiu 60% do mapeamento em escala 1:100 000 de todo o Estado. Conforme a geóloga Maria Angélica Batista Lima, abrem-se perspectivas em área cuja economia é baseada na agricultura, mas é promissora para depósitos de minerais metálicos. Na região, foram cadastradas 41 ocorrências consideradas inéditas. Entre elas, importantes anomalias de terras raras, enriquecidos notadamente em tório, matéria-prima de grande relevância econômica e estratégica, cuja produção mundial hoje se concentra 97% na República Popular da China.  

Responsável por 95% do mercado nacional de gipsita, utilizada na fabricação de gesso, a Bacia do Araripe, localizada nos estados de Pernambuco, Ceará e Piauí, foi alvo de levantamento geoquímico. Segundo o geólogo Geysson de Almeida Lages, a presença de substâncias minerais importantes tais como a celestita (sulfato de estrôncio) e sulfetos de zinco, chumbo e cobre foram evidenciadas. Dentre os resultados, há indícios de novas ocorrências na parte norte-nordeste e sul da bacia, em cidades como Santana do Cariri, Crato e Barbalha. No total, 13 zonas anômalas de estrôncio (±Bário), cobre-chumbo-zinco e fósforo foram identificadas. “Nosso objetivo foi identificar outras substâncias minerais que possam fomentar e incrementar a cadeia produtiva de exploração da gipsita”, relatou.

Geólogo André Luiz Carneiro da Cunha apresentou
a Folha Santa Cruz em RN
No Rio Grande do Norte foi realizado mapeamento geológico nas Folhas Lajes e Santa Cruz, localizadas na Província Mineral do Seridó, de forte vocação mineira. Conforme o geólogo Alan Pereira Costa, na Folha Lajes foram cadastrados 315 pontos de recursos minerais, abrangendo 32 substâncias minerais, como tungstênio, ouro, ferro, tântalo, nióbio e gemas preciosas. Na Folha Santa Cruz, o geólogo André Luiz Carneiro da Cunha cita a presença de 693 ocorrências minerais, com destaque para ouro, gemas (água marinha, granada), minerais industriais (tantalita/ columbita) e de uso na construção civil (mármore, areia), além da delimitação de novas áreas potencias para prospecção de scheelita, gemas e ouro.

Já o Atlas de Rochas Ornamentais é o resultado da avaliação de uma área de mais de 235.000 km² nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas, com expressivos depósitos de rochas ornamentais. O geólogo Vanildo Almeida Mendes responsável pelo projeto relatou que foram catalogados 85 materiais com base no forte apelo comercial e expectativa de valorização no mercado externo, com aplicação garantida na condição de revestimento de interiores e exteriores na construção civil. Deste total, 14 não têm registro regular precedente, representando possibilidade para novos empreendimentos mineiros.

A CPRM apresentou ainda trabalho de avaliação de alternativas de abastecimento hídrico a partir de aquíferos em rochas sedimentares e fraturadas na Região Metropolitana de Campina Grande e na Bacia Sedimentar de Boa Vista. “Recebemos a demanda do governo federal para atuar de forma emergencial frente ao iminente colapso no fornecimento de água do açude Epitácio Pessoa para a cidade de Campina Grande”, explicou o geólogo Geysson de Almeida Lages. Os estudos hidrogeológicos, geológico-estruturais e geofísicos foram amplos identificando qualidade da água, das rochas, vazão, entre outras informações relevantes.

Geysson Lages, José Andriotti, Sérgio Maurício Coutinho Corrêa de Oliveira,
André Luiz Carneiro, Alan Costa, Vanildo Mendes, Lucia Travassos, Maria Angélica Batista,
Maria de Fátima Lyra de Brito, Marcelo Esteves e Vladimir Cruz de Medeiros


Clique aqui para ter acesso à Galeria de Fotos do evento.

Para acessar as publicações, clique nos conteúdos abaixo:



Janis Morais
Assessoria de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil - CPRM
asscomdf@cprm.gov.br
(61) 2108-8400
(51) 3406-7361