No total, 50 pessoas acompanharam o lançamento dos produtos da CPRM
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O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) apresentou nesta terça-feira, dia 23/10, o resultado de estudos geológicos que ampliam o potencial mineral dos estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas. Mais de 50 pessoas acompanharam a apresentação das Notas Explicativas das Folhas Buíque-PE, Lajes-RN e Santa Cruz-RN, mapeadas na escala 1:100.000, do Informe Geoquímico da Bacia do Araripe, do Atlas de Rochas Ornamentais dos Estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas, e do relatório do Projeto Campina Grande, que aponta alternativas para o abastecimento por águas subterrâneas.
“Além de ampliar o
conhecimento geológico, nosso objetivo é apontar novas áreas com potencial para
pesquisa mineral, que visam alavancar a economia e atrair novos investidores”,
afirmou o diretor de Geologia e Recursos
Minerais da CPRM, José Leonardo Silva Andriotti, durante a abertura do evento.
Também Participaram da mesa, o presidente do Conselho
Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (CREA-PE), Evandro Alencar, e
o Superintendente Regional de Recife da CPRM, Sérgio Maurício Coutinho Corrêa
de Oliveira. Os chefes de Departamento da CPRM Lúcia Travassos e
Marcelo Almeida e a gerente de
Geologia e Recursos Minerais, Maria de Fátima Lyra de Brito, também
acompanharam o lançamento no Auditório do CREA-PE.
Geóloga Maria
Angélica Batista Lima apresentou a Folha Buíque, Pernambuco |
Pernambuco
foi um dos estados beneficiados com a identificação de novas potencialidades
minerais. Com o mapeamento geológico da Folha Buíque,
localizada no semiárido pernambucano, a CPRM concluiu 60% do mapeamento em
escala 1:100 000 de todo o Estado. Conforme a geóloga Maria Angélica Batista Lima, abrem-se perspectivas
em área cuja economia é baseada na agricultura, mas é promissora para depósitos
de minerais metálicos. Na região, foram cadastradas 41 ocorrências consideradas
inéditas. Entre elas, importantes anomalias de terras raras, enriquecidos
notadamente em tório, matéria-prima de grande relevância econômica e
estratégica, cuja produção mundial hoje se concentra 97% na República Popular
da China.
Responsável
por 95% do mercado nacional de gipsita, utilizada na fabricação de gesso, a
Bacia do Araripe, localizada nos estados de Pernambuco, Ceará e Piauí, foi alvo
de levantamento geoquímico. Segundo o geólogo Geysson de Almeida Lages, a
presença de substâncias minerais importantes tais como a celestita (sulfato de
estrôncio) e sulfetos de zinco, chumbo e cobre foram evidenciadas. Dentre os resultados,
há indícios de novas ocorrências na parte norte-nordeste e sul da bacia, em
cidades como Santana do Cariri, Crato e Barbalha. No total, 13 zonas anômalas
de estrôncio (±Bário), cobre-chumbo-zinco e fósforo foram identificadas. “Nosso
objetivo foi identificar outras substâncias minerais que possam fomentar e
incrementar a cadeia produtiva de exploração da gipsita”, relatou.
Geólogo André Luiz Carneiro da Cunha apresentou
a Folha Santa Cruz em RN
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No Rio Grande do Norte foi
realizado mapeamento geológico nas Folhas Lajes e Santa Cruz, localizadas na
Província Mineral do Seridó, de forte vocação mineira. Conforme o geólogo Alan
Pereira Costa, na Folha Lajes foram cadastrados 315 pontos de recursos
minerais, abrangendo 32 substâncias minerais, como tungstênio, ouro, ferro,
tântalo, nióbio e gemas preciosas. Na Folha Santa Cruz, o geólogo André Luiz Carneiro da Cunha cita
a presença de 693 ocorrências minerais, com destaque para ouro, gemas (água
marinha, granada), minerais industriais (tantalita/ columbita) e de uso na construção
civil (mármore, areia), além da delimitação de novas áreas potencias para
prospecção de scheelita, gemas e ouro.
Já o Atlas de Rochas
Ornamentais é o resultado da avaliação de uma área de mais de 235.000 km² nos
estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas, com expressivos
depósitos de rochas ornamentais. O geólogo Vanildo
Almeida Mendes responsável pelo projeto relatou que foram catalogados
85 materiais com base no forte apelo comercial e expectativa de valorização no
mercado externo, com aplicação garantida na condição de revestimento de
interiores e exteriores na construção civil. Deste total, 14 não têm registro
regular precedente, representando possibilidade para novos empreendimentos mineiros.
A CPRM apresentou ainda
trabalho de avaliação de alternativas de abastecimento hídrico a partir de
aquíferos em rochas sedimentares e fraturadas na Região Metropolitana de
Campina Grande e na Bacia Sedimentar de Boa Vista. “Recebemos a demanda do governo
federal para atuar de forma emergencial frente ao iminente colapso no
fornecimento de água do açude Epitácio Pessoa para a cidade de Campina Grande”,
explicou o geólogo Geysson de
Almeida Lages. Os estudos hidrogeológicos, geológico-estruturais e geofísicos
foram amplos identificando qualidade da água, das rochas, vazão, entre outras
informações relevantes.
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Janis Morais
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