terça-feira, julho 3

Museu de Ciências da Terra promove experiência sensorial para pessoas com deficiência visual

Alunos cegos e com baixa visão puderam tocar em peças de fósseis de milhões de anos


Quando a falta de visão se torna uma limitação, é por meio dos outros sentidos que a pessoa com deficiência visual percebe o mundo ao seu redor. Pensando nisso, o Museu de Ciências da Terra (MCTer) abriu suas portas, nos dias 26 e 29 de junho, para a visita de estudantes do Instituto Benjamin Constant, centro de referência nacional na área da deficiência visual, que puderam interagir com amostras de rochas, minerais e fósseis do maior acervo de diversidade geocientífica da América Latina.


Rompendo com a maneira convencional de conhecer um museu, a adaptações da exposição buscaram incentivar interações multissensoriais ao longo do passeio. Cerca de 60 alunos do sexto e sétimo ano do Ensino Fundamental tiveram contato com fósseis, minerais e rochas de texturas, odores e formatos diferentes. Para Priscila Marques, professora de ciências que acompanhou as turmas, a visita funciona como um complemento ao que é estudado na sala de aula. “Aqui eles puderam ver na prática tudo aquilo que estudamos na sala de aula. Eles têm essa curiosidade de tocar, já que muitos não enxergam, o toque se torna fundamental”, comenta a professora.


Amostras de minerais foram pré-selecionadas para visita

Ao longo do percurso, o grupo conheceu a história do universo, do Big Bang até os dias atuais, por meio da exposição interativa, que utilizou sons, cheiros e fósseis que marcam cada momento da história. Na segunda parte da visita, os alunos tiveram a oportunidade de manusear rochas e minerais, com a ajuda dos mediadores.

“Eu achei a exposição muito legal! Gostei de tudo e recomendo muito para todo mundo”, exclama Irís Ramos de 11 anos. Já para Raquel Rosa, 13 anos, o ponto alto do passeio foi o manuseio das amostras do acervo do MCTer.  “Eu gostei de todo o passeio, mas minha parte favorita foi a do minerais, porque eu me interesso por essa área”, conta a estudante.

De acordo com Rodrigo Machado, cooaborador do projeto, a ideia é que esta seja a primeira de muitas outras ações de aproximação com o Instituto Benjamin Constant. “Nosso desejo é que essa atividade faça parte da agenda do museu, já que o acervo daqui pode ajudar na complementação do ensino desses estudantes”, comenta Machado.



Alunos e equipe do museu no primeiro dia de visitação (26/06)



Assessoria de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil - CPRM 
(61) 2108-8400