Alunos cegos e com baixa visão
puderam tocar em peças de fósseis de milhões de anos
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Quando a falta de visão se torna uma limitação,
é por meio dos outros sentidos que a pessoa com deficiência visual percebe o
mundo ao seu redor. Pensando nisso, o Museu de Ciências da Terra (MCTer) abriu
suas portas, nos dias 26 e 29 de junho, para a visita de estudantes do Instituto Benjamin
Constant, centro de referência nacional na área da deficiência visual, que
puderam interagir com amostras de rochas, minerais e fósseis do maior acervo de
diversidade geocientífica da América Latina.
Rompendo com a maneira convencional de conhecer
um museu, a adaptações da exposição buscaram incentivar interações
multissensoriais ao longo do passeio. Cerca de 60 alunos do sexto e sétimo ano
do Ensino Fundamental tiveram contato com fósseis, minerais e rochas de
texturas, odores e formatos diferentes. Para Priscila Marques, professora de
ciências que acompanhou as turmas, a visita funciona como um complemento ao que
é estudado na sala de aula. “Aqui eles puderam ver na prática tudo aquilo que
estudamos na sala de aula. Eles têm essa curiosidade de tocar, já que muitos
não enxergam, o toque se torna fundamental”, comenta a professora.
Amostras de minerais foram pré-selecionadas
para visita
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Ao longo do percurso, o grupo conheceu a
história do universo, do Big Bang até os dias atuais, por meio da exposição
interativa, que utilizou sons, cheiros e fósseis que marcam cada momento da
história. Na segunda parte da visita, os alunos tiveram a oportunidade de
manusear rochas e minerais, com a ajuda dos mediadores.
“Eu achei a exposição muito legal! Gostei de
tudo e recomendo muito para todo mundo”, exclama Irís Ramos de 11 anos. Já para
Raquel Rosa, 13 anos, o ponto alto do passeio foi o manuseio das amostras do
acervo do MCTer. “Eu gostei de todo o
passeio, mas minha parte favorita foi a do minerais, porque eu me interesso por
essa área”, conta a estudante.
De acordo com Rodrigo Machado, cooaborador do projeto, a ideia é que esta seja a primeira de muitas outras ações de aproximação com o Instituto Benjamin Constant. “Nosso desejo é que essa atividade faça parte da agenda do museu, já que o acervo daqui pode ajudar na complementação do ensino desses estudantes”, comenta Machado.
Alunos e equipe do museu no primeiro dia de
visitação (26/06)
Assessoria
de Comunicação
Serviço
Geológico do Brasil - CPRM
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