Banca examinadora formada pelos
profs. Francisco Egídio Pinho, Carlos J. S. Alvarenga, Elton L. Dantas
(Orientador), Marcelo Ferreira da Silva (Doutorando) e Ricardo I. F. Trindade
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O pesquisador em Geociências Marcelo Ferreira da
Silva, da Superintendência Regional de Goiânia (Sureg-GO) do Serviço Geológico
do Brasil (CPRM), defendeu em 29 de maio, pela Universidade de Brasília (UnB), a tese de doutorado “Evolução Tectônica de Rift
para Margem Passiva da Faixa Paraguai-Mato Grosso, Brasil Central”.
Silva analisou o desenvolvimento da Faixa Paraguai setentrional
através de estudos geofísicos e de mapeamento geológico básico. A delineação de
corpos magnéticos por meio da aerogeofísica
de alta resolução permitiu, por exemplo, compreender a evolução da margem
passiva do Cráton Amazônico, identificando assim os processos relacionados aos
estágios iniciais da extensão do rifte responsável pela formação da Faixa
Paraguai.
Neste
segmento geológico, foram identificadas rochas vulcânicas relacionadas a dois estilos de erupções piroclásticas: o Surtseyana determinado pelos
derrames de lava de hialoclastitos e o Pliniano, relacionado às rochas ácidas
tufáceas e ignimbríticas. A associação destas rochas às formações ferríferas
bandadas e diamictitos está relacionada à primeira fase de ruptura do Rodínia,
e, atribuída a glaciação Snowball Earth “Sturtiana”, inédita na Faixa Paraguai oriental.
O geólogo também enfatizou a
importância do entendimento da paleoarquitetura da Faixa Paraguai sob os
sedimentos fanerozoicos das bacias do Paraná, Parecis e Bananal, e como esta
margem passiva se desenvolveu nas bordas do Cráton Amazônico. O rifteamento
proporcionou a formação e deposição de sucessões vulcanossedimentares associadas
a relevantes depósitos minerais, e a identificação destas rochas propicia uma
melhor compreensão da metalogenia existente na área, elucidando esta janela do
embasamento na porção sudeste de Mato Grosso, Brasil Central.
Assessoria
de Comunicação
Serviço
Geológico do Brasil - CPRM
(61)
2108-8400