terça-feira, junho 26

Evolução tectônica é tema de doutorado de pesquisador da CPRM

Banca examinadora formada pelos profs. Francisco Egídio Pinho, Carlos J. S. Alvarenga, Elton L. Dantas (Orientador), Marcelo Ferreira da Silva (Doutorando) e Ricardo I. F. Trindade

O pesquisador em Geociências Marcelo Ferreira da Silva, da Superintendência Regional de Goiânia (Sureg-GO) do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), defendeu em 29 de maio, pela Universidade de Brasília (UnB), a tese de doutorado “Evolução Tectônica de Rift para Margem Passiva da Faixa Paraguai-Mato Grosso, Brasil Central”.

Silva analisou o desenvolvimento da Faixa Paraguai setentrional através de estudos geofísicos e de mapeamento geológico básico. A delineação de corpos magnéticos por meio da aerogeofísica de alta resolução permitiu, por exemplo, compreender a evolução da margem passiva do Cráton Amazônico, identificando assim os processos relacionados aos estágios iniciais da extensão do rifte responsável pela formação da Faixa Paraguai.

Neste segmento geológico, foram identificadas rochas vulcânicas relacionadas a dois estilos de erupções piroclásticas: o Surtseyana determinado pelos derrames de lava de hialoclastitos e o Pliniano, relacionado às rochas ácidas tufáceas e ignimbríticas. A associação destas rochas às formações ferríferas bandadas e diamictitos está relacionada à primeira fase de ruptura do Rodínia, e, atribuída a glaciação Snowball Earth “Sturtiana”, inédita na Faixa Paraguai oriental.

O geólogo também enfatizou a importância do entendimento da paleoarquitetura da Faixa Paraguai sob os sedimentos fanerozoicos das bacias do Paraná, Parecis e Bananal, e como esta margem passiva se desenvolveu nas bordas do Cráton Amazônico. O rifteamento proporcionou a formação e deposição de sucessões vulcanossedimentares associadas a relevantes depósitos minerais, e a identificação destas rochas propicia uma melhor compreensão da metalogenia existente na área, elucidando esta janela do embasamento na porção sudeste de Mato Grosso, Brasil Central.

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