terça-feira, abril 24

Instituições de Pesquisa do Brasil e Alemanha se reúnem para apresentar resultados e estabelecer novos projetos em acordo de cooperação




 
Reunião entre os representantes do Serviço Geológico do Brasil, do Serviço Geológico da Alemanha e do CETEM
Representantes do Serviço Geológico da Alemanha (BGR), do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e do Centro de Tecnologia Mineral (CETEM), se reuniram nos dias 13 e 14 de março, no escritório do Rio de Janeiro, para dialogar sobre as atividades vigentes e propor novas execuções. A chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais (ASSUNI), Maria Glícia Coutinho, enfatizou a importância da cooperação entre CPRM e BGR, que a curto e médio prazo, vem apresentando resultados positivos.




O diretor-presidente da CPRM, Dr. Esteves Colnago, participou da reunião com representantes do (BGR e do CETEM). Na ocasião, foram apresentados os resultados das pesquisas do Projeto Identidade Mineral na Província Estanífera de Rondônia (IMPER). O IMPER é um projeto que propõe desenvolver a eficiência do processamento mineral do minério estanífero de Rondônia, além de identificar o potencial para subprodutos que possam estar associados ao mesmo. O estudo realizado trata também do potencial estanífero para o rejeito de minério, que é ainda fonte de estanho no estado de Rondônia.

Os resultados oficiais do IMPER serão apresentados oficialmente no 3º Seminário Brasil-Alemanha de Mineração e Recursos Minerais, a ser realizado em Belo Horizonte no dia 21 de junho. Na reunião foi ainda discutido o desenvolvimento de um novo projeto denominado de Biocobalto, ou “BioCobalt”. O Projeto é uma iniciativa conjunta entre CPRM, CETEM e BGR que visa a extração de cobalto a partir do desenvolvimento de biolixiviação em depósitos brasileiros de níquel laterítico. Este metal é fundamental para construção de baterias de carros elétricos. Só no ano passado o aumento de preço foi de até 100%. O resultado esperado para o BioCobalto é desenvolver uma nova oportunidade para os depósitos de níquel no Brasil, atendendo a crescente demanda pelo metal e evitando a escassez no mercado.

O diretor-presidente disse que acompanha com expectativa os trabalhos desta parceria, que busca agregar valor à mineração brasileira. O diretor de Geologia e Recursos Minerais da CPRM, Dr. José Andriotti, ressaltou que a DGM está trabalhando em diversos projetos em elementos portadores do futuro, tais como o “Lítio no Brasil” e iniciativas que tentam encontrar alvos potenciais para grafita e cobalto.

O representante da BGR, Dr. Herwig Marbler, demonstrou satisfação com o resultado alcançado pela pesquisa desenvolvida na Província Estanífera de Rondônia. Ele reforçou que Brasil e Alemanha são parceiros comerciais de longa data, e que esta parceria serve para fortalecer este vínculo no setor de recursos minerais. O geólogo Tiago Buch apresentou a metodologia executada no projeto IMPER e também a proposta do BioCobalt. Segundo ele, esses projetos são estratégicos para firmar a competência da CPRM no setor mineral. Buch afirmou ainda que a intenção desta parceria com a BGR é agregar valor ao recurso mineral brasileiro, contando como premissa o conceito de eficiência mineral, muito difundido na Alemanha. O Dr. Reiner Neumann representou o CETEM e discorreu sobre o papel da unidade de pesquisa nesta parceria conjunta.

Na reunião participaram também o Chefe do Departamento de Recursos Minerais, Marcelo Almeida, o Coordenador da Parceria Brasil-China, João Larizzatti, Patrícia Duringer (SUPLAM) e Giancarlo Bonnotto (NIT).

Para este ano estão previstos, após a apresentação do IMPER em Belo Horizonte, um workshop com a equipe do BioCobalt e uma reunião com as empresas mineradoras de níquel do país. O prazo de conclusão do projeto é para junho de 2020.

Assessoria de Comunicação 
Serviço Geológico do Brasil - CPRM 
asscomdf@cprm.gov.br