Equipe do Projeto Novas
Fronteiras SE de Rondônia em campo. Da direita para
esquerda Thyago Jesus,
Carlos Eduardo, Guilherme Ferreira e Lívio Correia
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O
Serviço Geológico do Brasil (CPRM) acaba de lançar dois novos informes de
recursos minerais. Os estudos, relacionados a minérios estratégicos, indicam
áreas com ocorrência de cromo e áreas com indícios de manganês, localizadas em
regiões próximas à fronteira com a Bolívia nos estados do Mato Grosso e
Rondônia.
O
informe denominado Indício de Mineralização de Manganês no Município de
Comodoro aponta indícios de mineralização de manganês de alto teor, com
potencial para gerar novas oportunidades para a indústria mineral. A descoberta
ocorreu durante o mapeamento de campo do Projeto Novas Fronteiras Sudeste de
Rondônia. O resultado preliminar obtido pela química de rocha parece indicar
possíveis vantagens para aplicação nas indústrias do aço e fertilizantes devido
à elevada razão Mn/Fe e baixo teor de fósforo.
A
pesquisa apresenta um indício de Mn em um afloramento que apontou semelhança à
descrição de depósito de manganês hidrotermal, cuja ocorrência recente em
Rondônia, em Espigão do Oeste, resultou na produção de 50 mil toneladas de
manganês. No entanto, os dados obtidos até o presente são insuficientes para se
determinar a tipologia do indício e sua extensão. A área do indício localiza-se
no Estado do Mato Grosso, próximo à fronteira com a Bolívia e na divisa com o
Estado de Rondônia.
O
informe intitulado Ocorrência de Horizonte Cromífero no Complexo Trincheira,
Município de Corumbiara, Sudeste de Rondônia, aponta ocorrência de cromo
identificada em rochas ultramáficas localizadas na Estrada do Boi, Município de
Corumbiara, próximo à divisa entre o Estado de Mato Grosso e fronteira com a
Bolívia. As análises indicam uma amostra com teores relevantes de cromo,
níquel, cobalto e teores menores de cobre e vanádio. A expectativa é que os dados impulsionem
novas pesquisas nas áreas para averiguação da potencialidade dos depósitos
minerais, tendo em vista localização no Complexo Trincheira, pois a ocorrência
apresenta semelhanças com os corpos ultramáficos descritos no Morro Sem Boné e
Morro do Leme, mineralizados em níquel.
O
estudo detalha ainda que foram identificadas quatro amostras com concentrações
relevantes de Cromo e níquel que afloram como blocos, sendo três das
ocorrências alinhadas paralelamente, de modo a sugerir fazer parte do mesmo
horizonte. Os pesquisadores recomendam estudos de detalhe que busquem
identificar a extensão lateral e em profundidade.
Os
dois informes foram escritos pelos geólogos da CPRM: Lívio Corrêa, Carlos de
Oliveira, Guilherme da Silva e Thyago Ribeiro, que atuam na Residência de Porto
Velho. Ambos os informes estão disponíveis para consulta no Repositório
Institucional de Geociências (Rigeo), do Serviço Geológico do Brasil.http://rigeo.cprm.gov.br
Técnico da CPRM realizando
medidas “in situ” com fluorescência
de raios X portátil.
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Assessoria de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil - CPRM
asscomdf@cprm.gov.br