Em uma de
suas últimas aparições públicas Dias Leite lembrou os desafios
que enfrentou
para criar e implantar a CPRM
|
Antônio
Dias Leite, ex-ministro de Minas e Energia, morreu aos 97 anos, na última
quinta-feira (6/4), no Rio de Janeiro. Ele teve papel fundamental na criação da
CPRM em 1969, e o início de suas atividades em 1970, e posteriormente, atuou de
maneira decisiva para que a empresa não fosse extinta, na década de 90. Dias leite liderou as negociações entre
Brasil e Paraguai para construção de Itaipu.
Mesmo com idade avançada continuava a lecionar
e acompanhava de perto as discussões sobre o desenvolvimento do setor mineral e
energético no país, tendo publicado 18 livros sobre o assunto. Dias Leite tinha acabado de escrever mais uma
obra “Meu século: O Brasil em que vivi”, com lançamento previsto para o próximo
mês.
“Tive
a honra de conhecê-lo. Ele teve uma atuação decisiva em momentos importantes
para nossa empresa. Dias Leite deixa um legado que merece ser preservado e
apresentado às novas gerações. Nossa homenagem é fazer com que sua memória seja
preservada”, disse o diretor-presidente, Eduardo Ledsham.
Em uma de suas últimas aparições públicas, Dias Leite
esteve presente no Clube de Engenharia do Rio
de Janeiro, para participar de homenagem à CPRM pelos relevantes serviços
prestados pela instituição para o desenvolvimento tecnológico,
econômico e social do país.
Na ocasião,
Dias Leite lembrou os desafios que enfrentou para criar e organizar a CPRM nos
primeiros anos de seu funcionamento. “Não foi
fácil dar a partida, pois sendo uma empresa pública, estava sujeita às várias
limitações, que felizmente foram sendo superadas.” Dias Leite também expressou
apoio a iniciativas para que o Brasil possa aproveitar de maneira sustentável o
novo ciclo da mineração que começa a se despontar.
Ministro
de Minas e Energia entre os anos de 1969 e 1974, o engenheiro foi também
presidente da Vale, e ocupou diversos cargos no setor público. Além da CPRM,
ele participou ativamente da criação do CETEM (Centro de Tecnologia Mineral) e
do sistema de Contas Nacionais, ponto de partida para estabelecer as
estatísticas desde então apuradas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), e que
permitem acompanhar e analisar a evolução da economia brasileira.
De acordo com a família, ele estava bem
de saúde e lúcido. Há pouco mais de uma semana, porém, Dias Leite sofreu uma
queda, que acabou resultando em complicações. Viúvo deixa cinco filhos, 12
netos e 17 bisnetos.
Assessoria de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil - CPRM
asscomdf@cprm.gov.br
(61) 2108-8400