Trecho da EFMM inundado de 2014, com destruição total da ferrovia em um percurso de 500m
A Residência de Porto Velho do Serviço Geológico Brasileiro (CPRM), a convite do prefeito municipal de Porto Velho, participou de vistoria realizada no trajeto da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM), entre a Praça Madeira-Mamoré e a Igreja de Santo Antônio, visando à coleta de informações que auxiliem a elaboração do projeto de revitalização desse trecho.
Nos sete quilômetros de percurso, foram identificados problemas de natureza distinta, desde o soterramento ou remoção dos trilhos pela implantação de vias urbanas, até a intensa ocupação urbana, revelada pelas numerosas construções comerciais ou residenciais ao longo dos trilhos da EFMM.
Segundo o geólogo Amilcar Adamy, o maior desafio é a erosão causada pelo rio Madeira em trechos da estrada de ferro, como identificado na área marginal ao bairro Triângulo. Outros pontos de risco de deslizamentos e desbarrancamentos foram caracterizados no percurso, tais como na travessia do Igarapé São Domingos, próximo ao Mercado do Pescado.
Trecho da EFMM com risco de desbarrancamento e com ocupação lateral
“A EFMM foi construída em terrenos inconsolidados, cruzando parcialmente a planície de inundação do rio Madeira, onde foram construídos aterros de dimensões laterais reduzidas e suscetíveis à erosão fluvial”, complementa Amilcar Adamy. Considerando os objetivos da administração municipal, um levantamento geológico com outras informações é necessário para uma avaliação mais precisa das condições geotécnicas do trajeto.
A revitalização da EFMM deverá prever a remoção das construções estabelecidas lateralmente, assim como a reavaliação da modificação do traçado do percurso em sítios suscetíveis a deslizamentos e inundações, especialmente próximo ao bairro Triângulo.
Assessoria de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil - CPRM
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