quarta-feira, agosto 19

CPRM apresenta ações de gênero e raça para empresas privadas e públicas

Diretor-presidente explicou a importância do Programa para a CPRM


A convite da Secretaria de Políticas para as Mulheres, da Presidência da República, o diretor-presidente do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Manoel Barretto, apresentou para representantes de 65 empresas públicas e privadas ações desenvolvidas pela CPRM para a questão de gênero e raça. O evento reuniu na Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, na segunda-feira (17/8), representantes do governo, de universidades, fundações e da sociedade civil organizada.

Representantes do Comitê Regional Pró-Equidade 
de Gênero e Raça - Sureg/SP
Entre os presentes da Apresentação da 6ª edição do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, o secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Emprego, Francisco Ibiapina, Ligia Sica, coordenadora do Grupo de Pesquisa em Direito e Gênero (FGV) e o diretor da Escola de Administração, Luiz Artur Brito (FGV). 



O superintende Regional de São Paulo, José Carlos Garcia Ferreira e as integrantes do Comitê Nacional e Regional Pró-Equidade, Cristiane Melo, Sandra Schneider, Monica Perrotta, Eliane Moreira, Maria Cecilia Silveira, Andrea Franzini e Ana Paula de Lima também participaram do evento.

Barretto participou do 1º Painel, com a mediadora Ana Carolina Querino da ONU Mulheres, ao lado do presidente da Apex-Brasil, David Barioni Neto e da vice-presidente Global da AVON, Marise Barroso.

O diretor começou explicando a missão da CPRM como empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Falou sobre as atribuições de gerar e difundir o conhecimento geológico e hidrológico básico necessário para o desenvolvimento sustentável do Brasil.

A CPRM aderiu ao Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça em 2009, na 3ª edição, e renovou a adesão nas 4ª e 5ª edições. “É uma honra para nós termos conquistado dois selos do programa. Já estamos na fase final do monitoramento da 5ª edição”, ressaltou o diretor.

“Queremos que a CPRM seja conhecida não só pela excelência nas Ciências da Terra, mas também pelo compromisso em alcançar a igualdade de gênero e raça no ambiente de trabalho. A repercussão do programa entre os profissionais é muito positiva.”

Um dos momentos mais emocionantes do evento foi o depoimento da primeira engenheira hidróloga e pesquisadora da Superintendência Regional de Recife, Cristiane de Melo. “Eu era uma menina pobre, precisava estudar e não tinha acesso a escolas de boa qualidade que pudessem garantir um futuro promissor”, contou.

“Vamos colorir as escolas, empresas e universidades”, 
disse Cristiane de Melo
“Recém-saída da universidade fui selecionada para trabalhar na CPRM por contrato temporário e logo depois, passei no concurso da empresa. Fiz mestrado e faço doutorado na área de precipitação em deslizamentos de barreiras”. Ao final, reforçou que o Programa é uma semente para germinar, crescer, trazer frutos e ocupar espaços. “Acreditem nas políticas públicas, não adianta só lutar, só as empresas terem vontade de mudar, precisa também de políticas públicas como o Programa”, salientou.

Para Ligia Sica, da Fundação Getúlio Vargas, o empoderamento econômico e a garantia da autonomia financeira e social das mulheres é um dos eixos estruturantes e fundamentais das políticas que visam a transformar as condições de vida das mulheres brasileiras. “Além de ser uma questão de justiça social a ser enfrentada, a inserção e ascensão das mulheres no ambiente corporativo é também chave para a boa governança das companhias”, disse Sica.

Na sua apresentação, Barretto disse que pelas características das ações desenvolvidas pela CPRM, o perfil da força de trabalho é majoritariamente masculino, e os trabalhos são desenvolvidos em todo o Brasil através de 13 unidades regionais. Destacou a criação e o importante trabalho realizado pelo Comitê Nacional Pró-Equidade de Gênero e Raça e pelos 13 Comitês Regionais na coordenação e articulação de ações do Programa na empresa. Ressaltou ainda que o Conselho de Administração tem a participação de duas mulheres, uma indicada pelo governo e outra representante dos trabalhadores.

Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci e o
diretor-presidente Manoel Barretto
Manoel Barretto convidou todas e todos a participarem do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça. “Gostaria de ressaltar que a CPRM vai continuar avançando na luta para a igualdade e colaborando para um país cada vez mais justo e democrático. Vamos fazer parte dessa iniciativa tão importante para o crescimento e desenvolvimento do Brasil, finalizou o diretor que foi aplaudido na ocasião.