Segundo Larizzatti a exploração geoquímica é parte importante
de qualquer programa de
exploração mineral
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O geólogo Joao Henrique
Larizzatti assumiu a Divisão de Geoquímica (DIGEOQ) com
a missão de aumentar a eficiência das atribuições da Divisão, entre elas, os
procedimentos operacionais que garantem a qualidade dos trabalhos de coleta, análises
de amostras de materiais Geológicos e a produção de mapas e relatórios.
Larizzatti ingressou na CPRM em 1991, sendo designado para trabalhar na
Superintendência de Manaus, trabalhou no Mapeamento Geológico Básico e no
Programa Nacional de Prospeção de Ouro. No Departamento e Recursos Minerais
(DEREM) atuou no mapeamento geoquímico de superfície, amostragem, preparação de
amostras, CQ de resultados, banco de dados, interpretação de dados, e preparação
de mapas e relatórios. Teve também passagem pelo LAMIN: trabalhando com a
preparação de amostras (geocronologia) e FRX. Doutor em Geoquímica pela USP
trabalhou com FRX, ICPOES, DRX, MEV e MICROSSONDA.
Em entrevista ao Informe CPRM, Larizzatti destaca a importância da geoquímica para exploração mineral, fala sobre suas metas à frente da Divisão. “Nossa proposta é trabalhar em conjunto com as demais Divisões dos Departamentos de Geologia e Recursos Minerais, utilizando informações confiáveis e tecnologias modernas buscando, primeiro aumentar nosso conhecimento sobre os Distritos Minerais existentes no Brasil; e segundo encontrar novas fronteiras exploratórias”, diz o geólogo.
Confira abaixa a entrevista.
Qual será o foco da Divisão de Geoquímica?
Fornecer apoio aos projetos da
Diretoria de Geologia e Recursos Minerais (DGM). Este apoio contempla:
planejamento da coleta de amostras no campo, coleta das amostras, preparação e
análise das amostras (laboratório contratado), controle de qualidade,
armazenamento e consistência dos dados, tratamento e interpretação dos
resultados, produção de mapas e relatórios. Nosso foco é tornar cada uma destas
etapas cada vez mais eficientes.
Qual a importância da Geoquímica
Prospectiva?
A exploração geoquímica é parte
importante de qualquer programa de exploração mineral. Juntamente com outras
disciplinas como, por exemplo: geologia, geofísica, sensoriamento remoto, a
geoquímica auxilia o geólogo a encontrar áreas favoráveis para a ocorrência de
uma jazida por meio do estudo da composição química dos materiais presentes no
campo como rochas, sedimentos e solos.
Qual a importância dos Procedimentos
Operacionais e QAQC?
Na exploração geoquímica trabalhamos de
maneira comparativa. Diferentes amostras de rochas são comparadas entre si.
Fazemos o mesmo com amostras de sedimento de corrente, solo e de minerais
pesados. Para termos uma boa base de comparação, é necessário que os
procedimentos operacionais sejam homogêneos em todas as fases do processo exploratório,
desde a coleta das amostras até a produção dos mapas. Desta forma, garantimos
que as diferenças entre os teores encontrados (concentrações químicas) estejam
ligados à presença ou ausência de um corpo de minério, e não estejam ligados a
problemas operacionais, tais como contaminação ou erro analítico. Assim,
programas de “Quality Assurance/Quality Control” (QAQC) são fundamentais, pois
garantem que os procedimentos operacionais utilizados sejam homogêneos durante
todo o trabalho. E os resultados apresentados reflitam “anomalias verdadeiras”
e nos levam na direção das mineralizações procuradas.
Quais projetos são prioritários para a
Divisão?
Nosso principal projeto é aumentar a
eficiência da DIGEOQ, em todas as suas atividades. Para isso vamos organizar
nosso acervo de dados e alimentar o GEOBANK com informações confiáveis. Isto
tem implicação em todas as nossas atividades. A exploração geoquímica funciona
como uma corrente. Cada atividade é um elo da corrente. Todos os elos são importantes,
desde o planejamento da amostragem até a elaboração de mapas e relatórios. Se qualquer
elo da corrente se rompe, todo o trabalho está comprometido.
Quantos profissionais fazem parte da
Divisão?
O professor Claudio Porto meu antecessor
continuará conosco como coordenador executivo. Faz parte de nossa equipe os
pesquisadores em geociências Fernanda Cunha, Carlos Mota, Leandro Silva; e
técnica em geociências Alessandra Moreira. Há outras pessoas que não trabalham
diretamente na DIGEOQ, mas que são essenciais para o seu bom funcionamento. São
os geoquímicos lotados nas unidades regionais: Andreia Gross (Porto Alegre); Carlos
Lins, Paulo Leite e Silvana Melo (Recife); Caroline Santos (Salvador); Wilson
Lopes de Oliveira Neto (Porto Velho); Marcely Pereira Neves (Belém); Daliane
Eberhardt (Goiânia); Eduardo Marques (Belo Horizonte); Emanuela Reis Brod e Frederico
Campelo (Teresina); Michele Pitarello (Manaus); Francisco Ferreira de Campos (São
Paulo) e Felipe Rocha Abreu (Fortaleza). Além destes, temos os prospectores,
técnicos e químicos que trabalham no campo que são imprescindíveis para o bom
andamento nos projetos. Nossa proposta é trabalhar em conjunto com as demais
Divisões dos Departamentos de Geologia e Recursos Minerais.