terça-feira, junho 16

Joao Henrique Larizzatti assume a Divisão de Geoquímica

Segundo Larizzatti a exploração geoquímica é parte importante 
de qualquer programa de exploração mineral

O geólogo Joao Henrique Larizzatti assumiu a Divisão de Geoquímica (DIGEOQ) com a missão de aumentar a eficiência das atribuições da Divisão, entre elas, os procedimentos operacionais que garantem a qualidade dos trabalhos de coleta, análises de amostras de materiais Geológicos e a produção de mapas e relatórios. Larizzatti ingressou na CPRM em 1991, sendo designado para trabalhar na Superintendência de Manaus, trabalhou no Mapeamento Geológico Básico e no Programa Nacional de Prospeção de Ouro. No Departamento e Recursos Minerais (DEREM) atuou no mapeamento geoquímico de superfície, amostragem, preparação de amostras, CQ de resultados, banco de dados, interpretação de dados, e preparação de mapas e relatórios. Teve também passagem pelo LAMIN: trabalhando com a preparação de amostras (geocronologia) e FRX. Doutor em Geoquímica pela USP trabalhou com FRX, ICPOES, DRX, MEV e MICROSSONDA.


Em entrevista ao Informe CPRM, Larizzatti destaca a importância da geoquímica para exploração mineral, fala sobre suas metas à frente da Divisão. “Nossa proposta é trabalhar em conjunto com as demais Divisões dos Departamentos de Geologia e Recursos Minerais, utilizando informações confiáveis e tecnologias modernas buscando, primeiro aumentar nosso conhecimento sobre os Distritos Minerais existentes no Brasil; e segundo encontrar novas fronteiras exploratórias”, diz o geólogo.

Confira abaixa a entrevista.

Qual será o foco da Divisão de Geoquímica?
Fornecer apoio aos projetos da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais (DGM). Este apoio contempla: planejamento da coleta de amostras no campo, coleta das amostras, preparação e análise das amostras (laboratório contratado), controle de qualidade, armazenamento e consistência dos dados, tratamento e interpretação dos resultados, produção de mapas e relatórios. Nosso foco é tornar cada uma destas etapas cada vez mais eficientes.

Qual a importância da Geoquímica Prospectiva?
A exploração geoquímica é parte importante de qualquer programa de exploração mineral. Juntamente com outras disciplinas como, por exemplo: geologia, geofísica, sensoriamento remoto, a geoquímica auxilia o geólogo a encontrar áreas favoráveis para a ocorrência de uma jazida por meio do estudo da composição química dos materiais presentes no campo como rochas, sedimentos e solos.

Qual a importância dos Procedimentos Operacionais e QAQC?
Na exploração geoquímica trabalhamos de maneira comparativa. Diferentes amostras de rochas são comparadas entre si. Fazemos o mesmo com amostras de sedimento de corrente, solo e de minerais pesados. Para termos uma boa base de comparação, é necessário que os procedimentos operacionais sejam homogêneos em todas as fases do processo exploratório, desde a coleta das amostras até a produção dos mapas. Desta forma, garantimos que as diferenças entre os teores encontrados (concentrações químicas) estejam ligados à presença ou ausência de um corpo de minério, e não estejam ligados a problemas operacionais, tais como contaminação ou erro analítico. Assim, programas de “Quality Assurance/Quality Control” (QAQC) são fundamentais, pois garantem que os procedimentos operacionais utilizados sejam homogêneos durante todo o trabalho. E os resultados apresentados reflitam “anomalias verdadeiras” e nos levam na direção das mineralizações procuradas.

Quais projetos são prioritários para a Divisão?
Nosso principal projeto é aumentar a eficiência da DIGEOQ, em todas as suas atividades. Para isso vamos organizar nosso acervo de dados e alimentar o GEOBANK com informações confiáveis. Isto tem implicação em todas as nossas atividades. A exploração geoquímica funciona como uma corrente. Cada atividade é um elo da corrente. Todos os elos são importantes, desde o planejamento da amostragem até a elaboração de mapas e relatórios. Se qualquer elo da corrente se rompe, todo o trabalho está comprometido.

Quantos profissionais fazem parte da Divisão?
O professor Claudio Porto meu antecessor continuará conosco como coordenador executivo. Faz parte de nossa equipe os pesquisadores em geociências Fernanda Cunha, Carlos Mota, Leandro Silva; e técnica em geociências Alessandra Moreira. Há outras pessoas que não trabalham diretamente na DIGEOQ, mas que são essenciais para o seu bom funcionamento. São os geoquímicos lotados nas unidades regionais: Andreia Gross (Porto Alegre); Carlos Lins, Paulo Leite e Silvana Melo (Recife); Caroline Santos (Salvador); Wilson Lopes de Oliveira Neto (Porto Velho); Marcely Pereira Neves (Belém); Daliane Eberhardt (Goiânia); Eduardo Marques (Belo Horizonte); Emanuela Reis Brod e Frederico Campelo (Teresina); Michele Pitarello (Manaus); Francisco Ferreira de Campos (São Paulo) e Felipe Rocha Abreu (Fortaleza). Além destes, temos os prospectores, técnicos e químicos que trabalham no campo que são imprescindíveis para o bom andamento nos projetos. Nossa proposta é trabalhar em conjunto com as demais Divisões dos Departamentos de Geologia e Recursos Minerais.