quarta-feira, fevereiro 11

Professor da Universidade do Texas realiza treinamento em GIS e aplicações em modelagem hidráulica e hidrológica

Francisco Oliveira explica os objetivos do treinamento
Está acontecendo no Escritório do Rio de Janeiro do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) o treinamento “Fundamento em GIS e aplicações em modelagem hidráulica e hidrológica”. Ministrado pelo professor Francisco Oliveira, do Departamento de Engenharia Civil na Texas A&M University, o treinamento é destinado a 25 profissionais da área de hidrologia da CPRM, Coppe/UFRJ, UERJ, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), e CBH Piabanha e visa capacitar os membros dos projetos e instituições convidadas para o desenvolvimento das atividades futuras de forma a transmitir o conhecimento que possui para as instituções brasileiras.

Nesse primeiro treinamento o professor Francisco apresenta os fundamentos do programa  ArcGIS (componentes do ArcGIS, formatos de dados, projeções, geo-processamento de vetor de dados e análise de dados raster)e aplicações em Modelagem hidrológica (análise de terreno, rio e delineação de bacias, HEC-GeoHMS) e Modelagem hidráulica (HEC-GeoRAS).

Francisco Oliveira está visitando o Brasil por conta do Projeto de pesquisa de Pesquisador Visitante Especial. O projeto funciona dentro do "Ciencias sem fronteiras" programa com financiado pelo MEC/MCTI/CAPES/CNPq, no qual a CPRM é colaboradora. O objetivo do projeto é o desenvolvimento de um modelo hidrológico distribuído para a bacia do rio Piabanha, na região Serrana do Rio de Janeiro, através do uso de imagens Lidar. A bacia do Piabanha é monitorada e estudada pela CPRM no projeto "Estudos Integrados em Bacias Experimentais e Representativas da Região Serrana". O projeto de cooperação internacional prevê uma visita bianual do professor Olivera, até o ano de 2017, para a realização de treinamento, capacitação e integração da equipe.

Segundo o chefe do Departamento de Hidrologia, Frederico Cláudio Peixinho, o projeto Estudos em Bacias Experimentais e Representativas monitora intensamente as variáveis hidrometeorológicas e os processos hidrológicos que ocorrem em diversas escalas, desde parcelas experimentais de solo a bacias hidrográficas alinhadas de diferentes tamanhos.
O conjunto de bacias experimentais e representativas, instaladas e operadas pela CPRM apresenta diferentes usos do solo e cobertura vegetal, variando de 3 km² a 30 km². Três delas estão contidas em uma bacia representativa de 411 km², por sua vez, contida na bacia do rio Piabanha que tem 2.050 km².

O chefe do Dehite, Frederico Peixinho, apresenta
o professor Francisco Oliveira
Estas bacias experimentais e representativas apresentam problemas relacionados à falta de saneamento básico, disposição inadequada de resíduos sólidos, drenagem urbana deficiente, erosão, poluição industrial e difusa, com reflexos na qualidade da água, no assoreamento dos rios, na ocorrência de estiagem, enchentes e no escorregamento de encostas. A CPRM garante o monitoramento contínuo das variáveis e levantamentos de campo, com suas equipes técnicas, que fazem a coleta, análise dos dados, avaliações e prognósticos. Seus pesquisadores em geociências desenvolvem estudos e pesquisas que resultam em artigos técnicos científicos, dissertações de mestrado e teses de doutorado.

Bacia do rio Piabanha

Oliveira é um dos pesquisadores que tem um estudo importante sobre a bacia do rio Piabanha, por isso a CPRM está avaliando a viabilidade de instrumento de cooperação técnica envolvendo as Universidades do Rio de Janeiro e do Texas. Neste sentido, deverá promover, em maio deste ano, um seminário onde os técnicos desta área e da área de Informações de Alerta de Cheias e Inundações possam debater sobre as bacias experimentais, representativas e escola, bem como mergulhar nos estudos de Modelagem Hidrológica e Hidráulica dos Sistemas de Alerta e Previsão Hidrológica, implantados e operados pela CPRM.