sexta-feira, fevereiro 20

Curso ensina metodologia utilizada em áreas de risco no Japão

Yoichi Miki demonstra a metodologia utilizada no Japão

Com o objetivo de disseminar metodologias utilizadas no Japão para delimitar e identificar as áreas de risco ou as áreas que correm perigo de ocorrência de desastres de movimento de massa, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), por meio do Departamento de Gestão Territorial (Deget), juntamente com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) promoveu, no período de 9 a 13 de fevereiro, em Nova Friburgo (RJ), o curso “Mapeamento de Risco/Perigo – Metodologia Japonesa”.

Ministrado pelo engenheiro japonês Yoichi Miki, consultor da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), o curso foi dirigido a técnicos brasileiros que atuam na prevenção de desastres das chuvas nas cidades de Nova Friburgo, Petrópolis e em Blumenau (SC) que integram o Projeto Gides.  A delegação da JICA foi ainda composta pelo chefe da equipe japonesa, Toshiya Takeshi, e pelo especialista em gestão de desastres de sedimentos, Takao Hori.

Técnicos executam exercícios durante o curso
Yoichi Miki disse que o treinamento tem por objetivo mostrar quais as metodologias são utilizadas para delimitar e identificar as áreas de risco ou as áreas que podem apresentar a ocorrência de desastres de movimento de massa no Japão. “Primeiramente nos vamos traçar esses mapeamentos em sala de aula e no segundo momento iremos a campo para verificar se este mapeamento que foi traçado em sala de aula está correto e correlacionado com os desastres ocorridos na vida real”, afirmou. Yoichi Miki também ressaltou que a importância da realização de comparação da metodologia japonesa com a brasileira, com vistas a aprimorar as metodologias.


A programação abordou a legislação japonesa de prevenção de riscos e metodologia de mapeamento utilizada no Japão; aula prática com os mapas das áreas selecionadas utilizando o método japonês de mapeamento; visita de campo para a verificação dos polígonos traçados na aula anterior; apresentação da metodologia da CPRM de setorização de riscos; trabalho de campo; e estudo comparativo entre os métodos Brasileiro e Japonês.


A abertura do treinamento foi realizada pelo coordenador executivo do Deget/CPRM, geólogo Jorge Pimentel, pelo geólogo Yuri Garin, da Secretaria de Proteção e Defesa Civil de Petrópolis, pelo diretor de Geologia, Análise e Riscos Naturais da prefeitura de Blumenau, Maurício Pozzobon, pela representante do Município de Nova Friburgo, Viviane Melo, que falaram da importância da presença do engenheiro Yoichi Miki no Brasil.

O geólogo Jorge Pimentel fala na abertura do evento
Pimentel explicou que a vinda do perito de curto prazo, Yoichi Miki, para ensinar sobre a legislação e metodologia japonesa de mapeamento de áreas de risco, faz parte da iniciativa de aprimorar a metodologia de avaliação no Brasil, a partir da adaptação da metodologia japonesa à realidade brasileira. “Esse evento é de grande importância uma vez que os conhecimentos adquiridos serão incluídos ao conteúdo do manual que deverá ser elaborado no decorrer de um ano para finalizar os trabalhos do Projeto de Fortalecimento da Estratégia Nacional de Gestão Integrada em Riscos de Desastres Naturais (Gides). Assim, nessa etapa, foram treinados 20 técnicos, sendo 13 da CPRM. Em março ocorrerá nova etapa de treinamento quando outros 20 técnicos da CPRM participarão da capacitação”, disse Pimentel.  


O projeto Gides é uma parceria de cooperação entre a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA).