Yoichi Miki demonstra a metodologia utilizada no Japão
|
Com o objetivo de disseminar metodologias
utilizadas no Japão para delimitar e identificar as áreas de risco ou as áreas
que correm perigo de ocorrência de desastres de movimento de massa, o Serviço
Geológico do Brasil (CPRM), por meio do Departamento de Gestão Territorial
(Deget), juntamente com a Agência de Cooperação
Internacional do Japão (JICA) promoveu, no período de 9 a 13 de
fevereiro, em Nova Friburgo (RJ), o curso “Mapeamento de Risco/Perigo –
Metodologia Japonesa”.
Ministrado pelo engenheiro japonês Yoichi Miki,
consultor da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), o curso foi
dirigido a técnicos brasileiros que atuam na prevenção de desastres das chuvas
nas cidades de Nova Friburgo, Petrópolis e em Blumenau (SC) que integram o
Projeto Gides. A delegação da JICA foi ainda composta pelo chefe da
equipe japonesa, Toshiya Takeshi, e pelo especialista em
gestão de desastres de sedimentos, Takao
Hori.
Técnicos
executam exercícios durante o curso
|
Yoichi Miki disse que o treinamento tem por
objetivo mostrar quais as metodologias são utilizadas para delimitar e
identificar as áreas de risco ou as áreas que podem apresentar a ocorrência de
desastres de movimento de massa no Japão. “Primeiramente nos vamos traçar esses
mapeamentos em sala de aula e no segundo momento iremos a campo para verificar
se este mapeamento que foi traçado em sala de aula está correto e
correlacionado com os desastres ocorridos na vida real”, afirmou. Yoichi Miki
também ressaltou que a importância da realização de comparação da metodologia
japonesa com a brasileira, com vistas a aprimorar as metodologias.
A programação
abordou a legislação japonesa de
prevenção de riscos e metodologia de mapeamento utilizada no Japão; aula
prática com os mapas das áreas selecionadas utilizando o método japonês de
mapeamento; visita de campo para a verificação dos polígonos traçados na aula
anterior; apresentação da metodologia da CPRM de setorização de riscos;
trabalho de campo; e estudo comparativo entre os métodos Brasileiro e Japonês.
A abertura do treinamento foi realizada pelo
coordenador executivo do Deget/CPRM, geólogo Jorge Pimentel, pelo geólogo Yuri
Garin, da Secretaria de Proteção e Defesa Civil
de Petrópolis, pelo diretor de Geologia, Análise e Riscos Naturais da
prefeitura de Blumenau, Maurício Pozzobon, pela representante do Município de
Nova Friburgo, Viviane Melo, que falaram da importância da presença do
engenheiro Yoichi Miki no Brasil.
O geólogo Jorge Pimentel fala na abertura do evento |
Pimentel explicou
que a vinda do perito de curto prazo, Yoichi Miki, para ensinar sobre a
legislação e metodologia japonesa de mapeamento de áreas de risco, faz parte da
iniciativa de aprimorar a metodologia de avaliação no Brasil, a partir da
adaptação da metodologia japonesa à realidade brasileira. “Esse evento é de
grande importância uma vez que os conhecimentos adquiridos serão incluídos ao
conteúdo do manual que deverá ser elaborado no decorrer de um ano para
finalizar os trabalhos do Projeto de
Fortalecimento da Estratégia Nacional de Gestão Integrada em Riscos de Desastres
Naturais (Gides). Assim, nessa etapa, foram treinados 20 técnicos, sendo
13 da CPRM. Em março ocorrerá nova etapa de treinamento quando outros 20
técnicos da CPRM participarão da capacitação”, disse Pimentel.
O projeto Gides é uma parceria de cooperação entre a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e a Agência de
Cooperação Internacional do Japão (JICA).