segunda-feira, março 31

Defesa Civil propõe parceria com CPRM para mapeamento de risco geológico no Distrito Federal

Reunião entre a Defesa Civil e a CPRM

Geólogos da CPRM participaram de uma reunião com representantes da Defesa Civil do Distrito Federal (SEPDEC/DF)na terça-feira (1/4), em Brasília. Jorge Pimentel, coordenador executivo do Departamento de Gestão Territorial, e os geólogos Rodrigo Fernandes e Dario Peixoto, apresentaram o trabalho da empresa e informaram que atualmente são 80 geólogos fazendo o mapeamento geológico em diferentes regiões do Brasil. A equipe da Defesa Civil propôs uma cooperação técnica com a CPRM para a troca de experiências e capacitação de seus funcionários.


A CPRM vai oferecer aos profissionais da Defesa um curso de capacitação para entender os processos e posteriormente a parte prática de mapeamento das áreas de risco, capacitação na área de geoprocessamento.

“Tenho muito orgulho do trabalho que a nossa equipe desenvolve, todas as unidades da CPRM estão envolvidas nesse projeto. Nós plantamos uma semente e as equipes atuam com grande dedicação. Apesar das dificuldades dos trabalhos em áreas de difícil acesso, sempre trazemos dados, nunca voltamos dos trabalhos de campo sem as informações colhidas”, destacou Pimentel. 

Jorge Pimentel apresenta mapeamento geológico
 realizado pela CPRM
“A CPRM tem que se aproximar cada vez mais das defesas civis do país para troca de conhecimento”, ressaltou Cristian Ferreira Viana, secretario adjunto de Defesa Civil do DF.O secretário explicou ainda a estrutura da Defesa Civil, o mapeamento que já realizam e o planejamento do trabalho local. “Mas, precisamos de subsídios técnicos dos geólogos, informações mais consistentes, eficazes e completas”, complementou Ferreira, que mostrou fotos de áreas de risco no DF.

De acordo com a Defesa Civil, o Distrito Federal tem 27 áreas de risco mapeadas e todas são ocupadas de forma irregular. “A elevada renda per capita de Brasília causa uma distorção de que nossa cidade não precisa desse tipo de atenção, e é engano porque se não agirmos agora em pouco mais de cinco ou 10 anos Brasília vai enfrentar problemas semelhantes ao do sudeste ou norte, como deslizamentos e mortes, e essa é a nossa preocupação principal”, finalizou Ferreira.

“A reunião foi importante para ouvir as necessidades da Defesa Civil e ver como a CPRM vai contribuir com essa ação. O DF não estava incluído nos 821 municípios prioritários, mas a Defesa tem um quadro técnico capacitado que já avançou muito no entendimento dos processos. A ideia é firmamos, de acordo com a avaliação da DHT e DEGET, um acordo de cooperação técnica, para transferir conhecimento de forma que as informações de mapeamento sejam disponibilizadas para o Cenad e Cemaden para monitoramento e a emissão de aviso e alertas”, Pimentel.