quarta-feira, novembro 27

CPRM apresenta estudos sobre geofísica marinha

Diretor Roberto ventura durante apresentação

Representantes de universidades e instituições de pesquisa estão reunidos em Fortaleza para participarem da 44ª Reunião Anual do Programa de Geologia e Geofísica Marinha (PGGM) que acontece de 25 a 27 de novembro.  O evento conta com participação de pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (CPRM).

A abertura do encontro contou com a presença do diretor de Geologia e Recursos Minerais da CPRM, Roberto Ventura, que na ocasião, ministrou palestra sobre a política mineral dos recursos do mar no Brasil. Ventura apresentou um panorama dos estudos de geofísica marinha que a CPRM está desenvolvendo na plataforma continental jurídica brasileira e, em águas internacionais, além do contexto internacional em que essas pesquisas estão inseridas.

Apresentação de trabalho - A geóloga da CPRM, Hortência Assis, apresentou nesta terça-feira (26/11), trabalho sobre a tecnologia LiDAR aplicada pela CPRM em estudo realizado no Arquipélago de Fernando de Noronha. Ela destacou os resultados obtidos com a metodologia de aerolevantamento batimétrico a laser na geração de produtos, como uma faciologia do fundo marinho, distinguindo os diferentes tipos litológicos, importante para a compreensão da relação do meio abiótico com o biótico; e uma batimetria de precisão da plataforma insular do arquipélago, que segundo a pesquisadora, vai contribuir para a tomada de decisões dos gestores na locação de empreendimentos, como usina de aproveitamento da energia das ondas e ampliação do Porto.

“A batimetria no mar de fora caracterizou de forma precisa a quebra da plataforma insular, a uma cota batimétrica de aproximadamente 24 metros e foi até 48 metros de lâmina de água no mar de dentro”, explicou Hortência.   De acordo com ela, Essas informações são importantes como subsídio à delimitação do Parque Nacional Marinho.        

A geóloga destaca ainda o pioneirismo na aplicação dessa tecnologia na América do Sul, especialmente na sua utilização para geração dos mapas faciológicos. Fundamental para o norteamento de qualquer intervenção antrópica no arquipélago, inclusive de preservação.