Área com blocos aloctones de crosta cobaltífera do tipo plate- like coberta parcialmente com sedimento carbonático incosolidado |
Pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) gravam imagens inéditas do fundo do oceano durante a quarta expedição ao Elevado do Rio Grande, região localizada nas adjacências da plataforma continental brasileira, aproximadamente a 1.500 km da costa do Rio de Janeiro, que apresenta interesses econômicos, geológicos e ambientais
Numa temporada de 30 dias no mar, a bordo de um navio de pesquisa fretado da empresa Fugro, equipado com dois aparelhos - um russo e outro alemão conhecido como TV Grab, empregado para gravar imagens em águas profundas, a equipe de pesquisadores retornou ao Elevado do Rio Grande para mais uma sequência de pesquisa na região, visando finalizar etapa de levantamento geológico básico e detalhamento de algumas áreas pesquisadas em expedições anteriores.
Além de gravar imagens a dois mil metros de profundidade numa região remota, a expedição também realizou a dragagem de amostras geológicas e biológicas do fundo do mar. Kaiser Gonçalves de Souza, coordenador do projeto de Geologia Marinha da CPRM explica que as amostras começaram a ser analisadas ainda a bordo do navio pelos pesquisadores. “A segunda etapa, inclui análise geoquímica das rochas. Já o material biológico que encontramos será encaminhado ao Museu Nacional para catalogação, e posteriormente, enviado às universidades para estudo das espécies”, destaca o coordenador.
Segundo Kaiser, as imagens inéditas do fundo marinho da região trazem dados importantes sobre o perfil e a continuidade das amostras de rochas coletadas durante a expedição. “Os dados coletados vão nos ajudar a conhecer melhor a topografia e o ambiente marinho da região”, avalia.