O Serviço Geológico do Brasil
(CPRM/SGB) entregou ao governo do Tocantins nesta terça-feira (11) proposta de
parceria para elaboração do Mapa Geológico e de Recursos Minerais e de
levantamentos aerogeofísicos no Estado.
A
proposta teve a assinatura do diretor de Geologia e Recursos Minerais da
CPRM/SGB, José Leonardo Andriotti, e dos chefes de departamento Lúcia Travassos
(Geologia) e Marcelo Esteves (Recursos Minerais).
As duas partes se
comprometeram a trabalhar na elaboração de um acordo de cooperação no qual a
CPRM/SBG desenvolveria o Projeto Geologia e Recursos Minerais do Estado do
Tocantins. Em contrapartida, o governo do Tocantins realizaria levantamentos
aerogeofísicos em parte da sua área territorial, com suporte técnico da
CPRM/SBG.
A chefe do Departamento
de Geologia Lúcia Travassos entrega proposta de parceria ao governador do
Tocantins, Mauro Carlesse, na presença do diretor José Leonardo Andriotti e do
superintendente de Goiânia Gilmar José Rizzotto
O Projeto Geologia e
Recursos Minerais do Estado do Tocantins já consta no Programa de Trabalho de
2019 da CPRM e será desenvolvido pela Superintendência Regional de Goiânia, sob
coordenação nacional do Departamento de Geologia/DGM.
Com duração de três
anos, está prevista a entrega dos produtos Mapa Geológico e de Recursos
Minerais do Estado do Tocantins, Arquivos vetoriais que compõem o Sistema de
Informações Geográficas do referido mapa e relatório final do projeto, onde
constarão todas as informações sobre geologia e potencial mineral.
Em relação aos
aerolevantamentos geofísicos (hoje cerca de 50% do Estado dispõe desses dados),
foram apresentadas duas propostas ao governo do Estado, que ficaria responsável
pela contratação do serviço junto a empresas especializadas.
A CPRM/SGB estima que o
trabalho (magnetometria e gamaespectrometria) para complementar a cobertura
apenas na área de embasamento cristalino, que tem maior atratividade para o
setor privado na busca por recursos minerais, especialmente os de natureza
metálica, teria custo de R$ 19,3 milhões (137.806 km lineares) para o governo
local.
Em outro cenário, que
prevê complementar a cobertura do território do Tocantins, incluindo áreas de
embasamento cristalino e bacias sedimentares, o custo é estimado em R$ 44,3
milhões (316.530 km lineares). Esse trabalho mais amplo amplia o potencial para
agrominerais, minerais industriais, minerais metálicos e minerais estratégicos
(como lítio, grafita e cobalto).
Nos dois cenários, a
CPRM/SBG teria a atribuição de ajudar na definição de parâmetros técnicos para
formulação do termo de referência para contratação do serviço e ficaria
responsável pelo acompanhamento e fiscalização técnica da empresa contratada. A
companhia também irá disponibilizar as informações gratuitamente em seu banco
de dados GeoSGB (geosgb.cprm.gov.br), assim como acontece com todos os dados
obtidos em projetos realizados pela instituição.
“A aerogeofísica ainda
precisa ser feita em algumas regiões do Tocantins. É um investimento alto, mas
tem o poder de mudar o cenário para a mineração na região”, afirmou o diretor
de Geologia e Recursos Minerais da CPRM/SBG.
A entrega do documento
ocorreu após a realização do 3º encontro de Mineração do Tocantins – Potencial
e Perspectivas.
No evento, o diretor de
Geologia e Recursos Minerais falou para a uma plateia de cerca de 80 pessoas,
formada principalmente por representantes do governo local e de estudante.
“Precisamos dizer a
essa comunidade que o nosso trabalho aqui do Tocantins não é novo, só que agora
temos o convite para apresentar nossos produtos e nossas propostas para a
região. Neste momento, estamos concluindo alguns projetos que pretendemos
entregar com muita brevidade”, afirmou Andriotti, que deu como exemplo o
levantamento de recursos minerais para uso na construção civil na região
metropolitana de Palmas.
O gerente de Geologia e
Recursos Minerais da Sureg-GO, Marcelo Ferreira da Silva, fez uma apresentação
sobre os trabalhos já desenvolvidos na região e afirmou que são necessários
mais estudos para que seja possível se alcançar no Tocantins o mesmo nível de
conhecimento que existe no Estado vizinho de Goiás.
Segundo Marcelo, há
contextos geológicos no Tocantins que se estendem para a porção norte de Goiás.
No entanto, a diferença de nível de pesquisa e conhecimento entre os Estados,
que se reflete na produção mineral, deve-se a maiores investimentos ocorridos
em Goiás.
O geólogo Pedro Sérgio
Estevam Ribeiro, também da Sureg-GO, falou sobre o potencial mineral do Estado
e destacou que a infraestrutura logística é um fator que pode tornar viável a
exploração de novas regiões. Ao destacar o potencial para os agrominerais,
disse que o Tocantins é uma das maiores fronteiras agrícolas do país, o que
requer maior utilização de fertilizantes agrícolas.
Eduardo Cucolo
Assessoria de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil - CPRM
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