sexta-feira, agosto 24

CPRM destaca pesquisas relacionadas à metalogenia de Ouro e associados no Congresso Brasileiro de Geologia


Estande da CPRM lotado no 49 Congresso Brasileiro de Geologia
O estande do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) ficou lotado na tarde de quarta-feira, dia 22/08, durante do Congresso Brasileiro de Geologia. O público de congressistas acompanhou três palestras que abordaram pesquisas recentes desenvolvidas pelos pesquisadores da empresa.


O pesquisador da CPRM Roberto Gusmão de Oliveira trouxe o tema Assinaturas Magnéticas e gamaespectrométricas associadas com garimpos de Au, Ag e Pb na região de Serrita (PE), Província Borborema. O trabalho tem como objetivo demonstrar a potencialidade de dados aerogeofísicos na identificação de assinaturas associadas com corpos e estruturas que controlam os garimpos de ouro da região de Serrita-Pernambuco.

Pesquisador da CPRM Roberto Gusmão de Oliveira
Conforme o pesquisador, o trabalho fornece um bom exemplo de integração de dados geofísicos-geológicos com ênfase na metalogenia de ouro. Além disso, contribui para o entendimento da formação e controle de depósitos de ouro na área do Projeto Ouro e Metais Base no Oeste de Pernambuco da CPRM. Ele ressalta ainda a importância da pesquisa para o desenvolvimento do setor. “Se os resultados forem comprovados, ocorrerá um aumento da potencialidade mineral da área pesquisada e como consequência o aumento na demanda de empregos, desenvolvimento e de fluxo de recursos financeiros”, avaliou Roberto Gusmão de Oliveira.


Em seguida foi a vez do pesquisador da CPRM Francisco Sene Rios, que trouxe o tema metalogênese da Província Mineral Juruena-Teles Pires. A pesquisa tem o objetivo de contribuir com o entendimento metalogenético da província fornecendo informações técnicas que auxiliem pesquisadores, empresas, ou quem quer que esteja atuando na região do estudo.

Pesquisador da CPRM Francisco Sene Rios
Ele destaca que a pesquisa traz centenas de dados levantados ao longo de três anos e meio de trabalho na Província Mineral Juruena-Teles Pires, local atualmente disputado e cobiçado por dezenas de empresas de mineração em vista de grandes descobertas de metais base nos últimos anos. “Essa pesquisa trata de implicações na gênese e no controle de mineralizações auríferas e de metais base e tais fatores tem grande implicação na estratégia de exploração mineral adotada pelas empresas de mineração”, afirmou.

Francisco apontou ainda a importância de apresentar o trabalho no Congresso, promovendo o aumento da visibilidade e divulgação dos trabalhos realizados pelos técnicos da CPRM para a comunidade geológica e para os colegas da empresa que atuam em outras unidades. “O congresso permite a troca de ideias, a obtenção de feedbacks e críticas, o que implica numa consequente melhora no nível técnico dos funcionários e dos projetos da CPRM”, avaliou.

Para finalizar a programação, o pesquisador Jônatas de Sales Macedo Carneiro apresentou mapa de previsão do potencial mineral de uma área no Oeste de Goiás denominada Arco de Arenópolis, em que utilizou a técnica de modelagem em Sistemas de Informações Geográficas somada a uma série de camadas de informação para identificar onde os fatores importantes para a mineralização de ouro ocorreram em conjunto, visando dar uma perspectiva preliminar do potencial da área.

Pesquisador da CPRM Jônatas de Sales Macedo Carneiro

Para ele, utilizar um modelo teórico que descreve a gênese da mineralização em uma abordagem estatística e prática é uma oportunidade de afinar o modelo à realidade geológica. “Dessa forma, podemos observar se o modelo é capaz de ressaltar áreas onde há depósitos conhecidos e reconhecer a adequação, ou inadequação, dessa proposta teórica à natureza local”, ressaltou.

Jônatas destaca ainda que o projeto apresenta ao público interessado uma maneira prática e eficiente de trabalhar os dados do Serviço Geológico do Brasil. “São dados públicos gerados e geridos pela CPRM que podem gerar novas pesquisas e estão à disposição da comunidade científica de forma gratuita, o que significa otimizar tempo e recursos na pesquisa mineral”. Por fim, relata que especificamente para a região estudada, o trabalho apontou áreas com algum potencial mineral preliminar onde ainda não há depósitos conhecidos. O que pode indicar que a região, atualmente com perfil econômico voltado para a pecuária, talvez possa começar a intensificar seu potencial extrativo.


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