O Serviço Geológico do Brasil
(CPRM) divulgou nesta quarta-feira, dia 30/05, o terceiro alerta de cheia do
ano para o rio Negro em Manaus. Sem a influência do fenômeno La Nina, a previsão
de que a cheia deste ano ficará dentro da normalidade foi novamente confirmada.
A estimativa é que a cota máxima do rio Negro no Porto de Manaus atinja entre
28,20m e 28,70m, o que representa, a partir da média (28,45m), que a cheia
deste ano será 1,52 m menor que a cheia de 2012 e 0,55 m menor que cheia de
2017, anos em que o rio sofreu cheias históricas. O rio Negro atinge o pico da
cheia ordinariamente entre os meses de junho e julho. Na medição realizada hoje
o rio está com 27,91m.
Evento de divulgação do alerta
de cheia em Manaus
Segundo a pesquisadora responsável pelo Sistema de Alerta Hidrológico do Amazonas, da Superintendência Regional de Manaus, Luna Gripp Simões Alves, na bacia do rio Negro, próxima à cabeceira, os níveis do rio que passaram por uma situação de seca expressiva no começo do ano, com os municípios de São Gabriel da Cachoeira e Santa Isabel decretando estado de emergência pela Defesa Civil pela estiagem, estão acima do normal desde o final de março. No rio Solimões, os níveis também estão próximos da normalidade.
Durante a divulgação, foi
apresentado panorama geral da bacia amazônica em sua parte ocidental. Luna
relatou ainda que os pesquisadores do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam)
apresentaram modelos climáticos que indicaram que o processo de La Nina,
que
geralmente está associado a grandes enchentes e que estava instalado se
dissipou. Os membros da Defesa Civil estadual e municipal apresentaram as
medidas tomadas pelas respectivas instituições frente às previsões apresentadas.
Além do tradicional alerta de
cheias, foi apresentado também a nova versão do boletim de monitoramento
hidrometeorológico da Amazônia Ocidental. Esse boletim é publicado semanalmente
toda sexta-feira pela CPRM em parceria com o Sipam, usando dados da Rede
Hidrometeorológica Nacional.
O Sistema de Alerta
Hidrológico do rio Negro é operado pela CPRM desde 1989 e permite evitar o
fator surpresa, reduzindo prejuízos devidos ao alagamento das vias,
aprisionamento de veículos, inundações de bens materiais e equipamentos nas
edificações residenciais, comerciais e industriais. A divulgação com
antecedência da cota que será atingida tem facilitado as ações preventivas de
isolamento e retirada de pessoas e de bens, das áreas sujeitas a inundação,
pelos órgãos das Defesas Civis.
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