Daniel Moreira apresenta projeto hidrologia com uso de satélites |
Com a proposta de incorporar
novas tecnologias ao trabalho de monitoramento hidrológico desenvolvido na
CPRM, o engenheiro cartógrafo Daniel Moreira apresentou o projeto que
desenvolve chamado Dinâmica Fluvial, em cooperação internacional com IRD
Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento da França.
Através do projeto foram
estabelecidas parcerias com universidades e agências espaciais internacionais
para estudar, primeiramente sensoriamento remoto com uso de satélites,
tecnologia que pode reduzir os custos, aumentar a densidade e permitir acesso a
dados hidrológicos de regiões transfronteiriças. “Com este projeto, a CPRM faz
parte do time científico de desenvolvimento do satélite SWOT que será lançado
em 2021 pela Nasa e Agência Espacial Francesa”, destacou Daniel Moreira.
Marta Ottoni e Frederico Peixinho no lançamento do Hybras
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Também integrando o conjunto
de projetos da linha de ação da CPRM Pesquisa e Inovação, a pesquisadora em
Geociências, hidróloga Marta Vasconcelos Ottoni apresentou o Estudo de
Caracterização Hidrológica do Solo no tema Hidrologia de Solos uma nova
abordagem. O prjeto faz a integração da hidrologia superficial com a
subterrânea permitindo conhecimento amplo e integrado do ciclo da água. O
conhecimento hidráulico do solo permite estabelecer práticas mais adequadas de
conservação de solos atendendo também demandas de projetos de irrigação. “Esse
projeto é uma iniciativa pioneira da CPRM para facilitar a gestão integrada da
água e solo”, ressaltou. Após a palestra ocorreu o lançamento do banco de dados
hidrofísicos dos solos brasileiros, Hydrophysical Database for Brazilian Soils
(Hybras). Trata-se do agrupamento de informações de atributos físicos e
hídricos do solo, especificamente a curva de retenção e condutividade
hidráulica, com a descrição dos métodos de determinação destas propriedades.
“Este trabalho é importante no estabelecimento de parâmetros de entrada de
modelos hidrológicos e climatológicos, calibrados a partir de informações nos
nossos solos tropicais. A partir de agora, deixamos de empregar as estimativas
e parâmetros de solos temperados para utilizar nossos próprios dados”, afirmou.
O projeto de aplicações
isotópicas na hidrologia, apresentado pelo pesquisador Roberto Kirchheim, é
outro exemplo de inovação tecnológica. Através da aplicação de técnicas
isotópicas é possível responder algumas perguntas consideradas importantes e
decisivas na gestão dos recursos hídricos. O projeto consiste em diversas
atividades, desde a remontagem e operação da rede nacional de monitoramento
isotópico das chuvas, a caracterização isotópica de aquíferos monitoradas pelo
RIMAS, a caracterização isotópica das águas na região do Urucuia e a aplicação
de isótopos na remediação ambiental de áreas degradadas. Sua execução
representa um grande desafio para a CPRM e a colocará em uma posição de
vanguarda no cenário científico nacional, abrindo amplas possibilidades de
cooperação com instituições internacionais, como a Agência Internacional de
Energia Atômica, por exemplo.
Marta Ottoni palestra sobre
hidrologia dos solos
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Roberto Kirchheim fala sobre
aplicações isotópicas em hidrologia
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Assessoria
de Comunicação
Serviço
Geológico do Brasil - CPRM
(61)
2108-8400