segunda-feira, julho 24

Museu de Ciências da Terra inicia processo de revitalização

Fachada do McTer, prédio localizado na Urca, Rio de Janeiro/RJ


Ao longo dos últimos anos, o Museu de Ciências da Terra (MCTer) se consolidou como uma importante vitrine de divulgação das geociências no Brasil. Contando com um dos mais ricos acervos de amostras de minerais, rochas, meteoritos e fósseis da América Latina, o Museu periodicamente realiza exposições e desenvolve atividades educativas e culturais em sua programação, atraindo um público cada vez mais expressivo.

Gerido pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) desde 2012, o MCTer está em processo de revitalização. “A CPRM tem buscado parcerias, com sucesso, com agentes públicos e privados, universidades, instituições científicas e educacionais, para revitalizar o prédio do museu e disponibilizar maior conteúdo à sociedade”, explica Nathalia Roitberg, responsável pela gestão MCTer.
À esquerda, o curador do Museu, Diógenes de Almeida Campos.À direita, Nathalia Roitberg, gestora do McTer

Situado em um imponente prédio de estilo neoclássico, tombado por decreto municipal, o edifício onde está instalado o Museu data de 1908 e carrega uma rica história ligada às artes e ao desenvolvimento dos setores agrícola e mineral do país. “Trata-se de um patrimônio cultural de valor inestimável que merece ser adequadamente preservado. O Museu, totalmente integrado a essa estrutura, permite aos visitantes uma experiência cultural e científica única”, completa Roitberg.
Historiadora e mestranda em divulgação científica e gestão de museus pela FIOCRUZ, Nathalia avalia que o MCTer possui um potencial turístico que pode ser ainda mais bem explorado - está a apenas poucos metros do Pão de Açúcar, um dos principais cartões postais do Rio de Janeiro e do mundo, que recebe milhões de visitantes do Brasil e exterior todos os anos.
O Museu abre de terça a domingo, das 10h às 16h

Nathalia conta que a estratégia vai além de articular na programação do MCTer exposições e atividades socioeducativas, sendo o objetivo tornar o Museu uma referência nacional e internacional em ciências da terra, inclusive permitindo ao público conhecer e visualizar remotamente seu acervo. Para isso, está em curso a implantação de um processo de gestão focado no planejamento, indicadores e metas, suportado por trabalho em equipe e integração em rede com outros museus.
O MCTer possui um rico acervo de geologia e paleontologia. São cerca de sete mil amostras de minerais brasileiros e estrangeiros, além de 12 mil rochas, meteoritos e fósseis, que somam mais de 100 mil espécimes, como o maior fóssil de dinossauro já encontrado no Brasil. Além disso, a biblioteca contém em torno de 90 mil volumes de publicações relacionadas à área de geociências e conta com outra biblioteca voltada para o público infantil.
Acompanhando desde o início a rica história ligada à sua criação, o curador do Museu, Diógenes de Almeida Campos ressalta que além do valor arquitetônico do prédio, o acervo do museu é uma fonte básica de pesquisa nas áreas de geologia, paleontologia, mineralogia, petrologia, meteorítica, exploração geológica, e história da ciência, tanto nas Geociências como no desenvolvimento da mineração brasileira, incluindo as pesquisas com carvão, petróleo e gás. O acervo reflete quase tudo o que foi feito em geologia e mineração durante o século XX no Brasil.
Visitas em grupo podem ser agendadas via telefone

Nathalia convida os visitantes a conhecer as exposições permanentes do MCTer e participar das oficinas e atividades de divulgação científica. “Também oferecemos aos visitantes atividades didáticas e lúdicas, como pinturas e contação de mitos paleontológicos e geológicos, como forma de integrar os conhecimentos sobre as geociências e pensar o mundo sob uma perspectiva inclusiva”, destaca a gestora do MCTer.
A promoção de atividades de inclusão é uma das prioridades, sendo comum a visita de alunos do Instituto Benjamim Constant, de educação para cegos e do Instituto psiquiátrico Philipe Pinel, para pessoas com sofrimento psíquico, além de receber ainda visita de alunos de escolas públicas. “A relação museu-escola é trabalhada principalmente por meio das visitas programadas, onde as práticas educacionais dos profissionais envolvidos se complementam e evoluem”, finaliza Nathalia.
Serviço:
Museu de Ciências da Terra- Av. Pasteur, 404 - Urca | Rio de Janeiro/RJ
Horário de Funcionamento:
As visitas podem ser feitas de terça a domingo, das 10h às 16h.
Atendimento: A entrada é gratuita. A visita de grupos deve ser agendada por telefone, no horário de 9h às 12h ou 14h às 17h.
Contato: Telefone: (21) 2546-0257 / (21) 2295-7596
E-mail: mcter@cprm.gov.br


 Assessoria de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil - CPRM
asscomdf@cprm.gov.br
(61) 2108-8400