Localização
das estações gravimétricas adquiridas em projetos da CPRM entre 2012 e 2016
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Em mais uma rodada de
disponibilização gratuita de dados, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM),
desta vez, libera gratuitamente os dados gravimétricos terrestres adquiridos de
2012 a 2016 nos projetos da empresa, assim como os dados hiperespectrais
adquiridos em 21 áreas espalhadas por diversas regiões do Brasil. Essa ação,
definida como um dos pilares principais pela Diretoria Executiva da CPRM para
fomentar o setor mineral brasileiro, constitui um programa contínuo e
prioritário de disponibilização de dados e informações geocientíficas à
sociedade.
Entre
2012 e 2016, foram obtidas 10.047 estações gravimétricas, distribuídas por
diversos estados do país, no âmbito dos projetos desenvolvidos pela Diretoria
de Geologia e Recursos Minerais (DGM). O espaçamento médio entre as estações
variou de 1 a 2 km. Elas foram adquiridas com o gravímetro de modelo CG-5, as
coordenadas geográficas e a altitude geométrica foram adquiridas com GPS
diferencial, o que possibilitou uma precisão menor que 0,5m no cálculo da
altitude geométrica.
Todo
o processamento posterior para a redução dos dados gravimétricos foi realizado
e serão disponibilizadas as seguintes informações de cada estação gravimétrica:
longitude, latitude, altitude ortométrica, valor de gravidade, anomalia ar
livre e anomalia Bouguer. Todos os
detalhes do processamento realizado poderão ser consultados no metadados do
banco de dados.
“Todos
estes dados gravimétricos terrestres também já estão agregados ao Banco
Nacional de Dados Gravimétricos (BNDG), que atualmente está sob gerência da Agência
Nacional do Petróleo (ANP), mas que em breve passará a ser gerenciado pela CPRM.
Isso consolida uma nova posição da CPRM como uma instituição importante no
cenário gravimétrico do Brasil”, destacou Luiz Gustavo Rodrigues Pinto, chefe
da Divisão de Sensoriamento Remoto e Geofísica (DISEGE).
Além
dos dados gravimétricos, também estão sendo liberados gratuitamente para a
comunidade dados de aerolevantamentos hiperespectrais adquiridos entre 2013 e
2014. Foram sobrevoadas, no total, 21 áreas no nordeste e sudeste brasileiro, perfazendo
um total de 2.456 km2, sendo que destas, dez estão liberadas
imediatamente para a solicitação de dados, num total de 1.478 km2.
As demais áreas permanecerão temporariamente indisponíveis devido ao uso dos
dados em projetos em andamento na CPRM.
Estes
aerolevantamentos hiperespectrais foram executados pela empresa Fototerra
Atividades de Aerolevantamentos Ltda. em parceria com a SpecTIR®
Advanced Hyperspectral & Geospatial Solutions.
Foi
utilizado o sistema de imageamento ProSpecTIRTMVS, que opera no
intervalo espectral dos comprimentos de onda entre 400 e 2450nm por meio de
dois sensores: Specim® AISA Eagle na região entre o visível e o
infravermelho próximo (VIS/NIR) de 400 a 970nm, e Specim® AISA Hawk
na região do infravermelho de ondas curtas (SWIR) de 970 a 2450nm.
As faixas de sobrevoo possuem largura média de
650m, com recobrimento de aproximadamente 50% entre faixas adjacentes,
totalizando 549 faixas imageadas. As imagens hiperespectrais contêm no VIS/NIR
e SWIR, respectivamente, 125 e 232 bandas espectrais, totalizando 357 bandas;
amostragem espectral de 4,6 e 5,3nm; e resolução espectral de 2,9nm e 8,5nm. A resolução
radiométrica dos dados é de 16 bits e a resolução espacial dos pixels é de 2m.
Localização
das áreas dos aerolevantamentos hiperespectrais
Segundo
Mônica Perrotta, especialista em Sensoriamento Remoto da DGM, os quase 2.500 km2
de aerolevantamentos hiperespectrais realizados pela CPRM representam uma
experiência inovadora na área do Sensoriamento Remoto Geológico no País, onde
escassos levantamentos como estes haviam sido feitos até então.
A
título de comparação, imagens geradas pelos sistemas sensores orbitais
multiespectrais LANDSAT8-OLI/TIRS e TERRA-ASTER, de uso bastante difundido em
aplicações geológicas, contêm, respectivamente, 9 e 14 bandas espectrais,
enquanto o sistema ProspecTIR-VS produz imagens com mais de 350 bandas. Dessa
forma é muito maior a possibilidade de comparação das assinaturas espectrais
definidas pelos pixels destas imagens com assinaturas espectrais minerais
obtidas por espectrorradiômetros ultraespectrais em laboratório.
“Por
causa disso, as técnicas de classificação de
imagens aplicadas a dados hiperespectrais têm sido utilizadas pela
indústria mineira e organismos governamentais para o mapeamento da distribuição
mineral em áreas selecionadas. Sua principal utilidade na prospecção mineral
vem da capacidade de reconhecer minerais de interesse e quantificar propriedades
químicas e físicas, a partir da comparação das assinaturas dos pixels das
imagens com bibliotecas espectrais de referência, com destaque para grupos
minerais associados a processos geradores de depósitos de relevância econômica,
tais como, argilominerais, filossilicatos, carbonatos, sulfatos, óxidos e
hidróxidos de ferro, e silicatos hidroxilados de ferro e magnésio”, ressaltou Perrotta.
Confira os dados, acesse: https://sisgeo.cprm.gov.br/disege/
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