Chefe da Divisão de Rochas e Minerais
Industriais
(DIMINI),Vanildo Almeida
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O geólogo Vanildo Almeida Mendes assume a chefia da Divisão
de Rochas e Minerais Industriais (DIMINI), do
Departamento de Recursos Minerais da DGM. Vanildo é graduado em Geologia
e mestre em Engenharia Mineral pelo Departamento de Engenharia de Minas pela
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Ingressou no Serviço Geológico do
Brasil (CPRM), em 1976 participando da execução de diversos projetos de
mapeamento geológico e de pesquisa mineral, notadamente nas áreas de cobre,
ouro, e rochas ornamentais.
Em
agosto de 2012 assumiu o cargo de supervisor regional de geologia e recursos
minerais da Superintendência Regional de Recife (Sureg-RE), e a partir de 01 de
fevereiro foi nomeado como chefe da Divisão de Rochas e Minerais Industriais –
DIMINI.
O
trabalho de avaliação de avaliação de rochas
ornamentais e materiais utilizados na construção civil, em regiões
metropolitanas é executado pela Divisão de Minerais e Rochas Industriais
(DIMINI). O programa de materiais de
construção civil das principais regiões metropolitanas do país corresponde aos
agregados de uso na construção civil, que tem por finalidade gerar informações
que levem a descoberta de novas jazidas destes insumos nas regiões
metropolitanas brasileiras, notadamente próximo aos locais onde estão
programadas as obras de infraestrutura contempladas pelo Programa de Aceleração
do Crescimento.
Em entrevista ao Informe CPRM Vanildo Almeida falou
sobre sua proposta de trabalho a frente da DIMINI. “A ideia primordial
será dar sequência ao programa de agregados para a construção civil nas
principais regiões metropolitanas do país”. Ele
explicou, também, como a DIMINI vem avaliando
o uso de rochas ornamentais na construção civil. “A ideia é aproveitar o
conhecimento geológico regional gerado pela CPRM e elaborar mapas de
potencialidades para rochas com fins ornamentais e disponibilizar ao público,
fomentando oportunidades de investimento
pelo setor privado” disse Vanildo.
Informe CPRM - Quais os projetos na divisão estão em
desenvolvimento ou em fase de conclusão?
Vanildo Almeida Mendes- Os projetos
da DIMINI em finalização são: Materiais
de Construção da Região Metropolitana de Natal; Materiais de Construção da
Região Metropolitana de Fortaleza; Rochas Carbonáticas de Rondônia; Materiais
de Construção da Região Metropolitana de Goiana, Materiais de Construção da
Região Metropolitana de Feira de Santa, Ilhéus, Itabuna e Vitória da Conquista,
na Bahia e Polo Cerâmico de Santa Gertrudes. Já os em fase de conclusão até o
final de 2015 estão: Materiais de Construção da Região Metropolitana de
Florianópolis; Materiais de Construção da Região Metropolitana de Curitiba, Materiais
de Construção da Região Metropolitana de São Luiz, Materiais de Construção da
Região Metropolitana de João Pessoa e Materiais de Construção da Região
Metropolitana de Belém.
Informe
CPRM - Como será pautada a relação com a equipe de trabalho?
Vanildo Almeida Mendes- Será
pautada dentro de um clima de colaboração e confiança mútua, onde minha função
como chefe da divisão será de orientar e interagir com a equipe das unidades
regionais que executam os projetos, com o objetivo de manter ou até mesmo
melhorar o nível de excelência dos trabalhos da CPRM, em prol do
desenvolvimento do setor mineral brasileiro.
Informe
CPRM - Quais suas propostas de trabalho, metas e desafios?
Vanildo Almeida Mendes- Dinamizar
no âmbito da CPRM o setor de rochas ornamentais e minerais industriais, haja
vista que o quantitativo do consumo destes bens mede o nível de desenvolvimento
de um povo, isto é quanto mais rico o país maior será o consumo neste segmento
de matéria – prima mineral. Portanto a ideia primordial será dar sequência ao
programa de agregados para a construção civil nas principais regiões
metropolitanas do país, continuar e ampliar a execução de projetos visando o
estudo de rochas para rochagem, tendo em vista do Brasil ser grande produtor
agrícola mundial, e grande consumidor de fertilizantes.
Em paralelo difundir na CPRM o segmento
de rochas ornamentais, em função da sua importância na pauta de exportações do
nosso país. Em consonância desenvolver a elaboração de projetos na área de
minerais industriais, notadamente no segmento de argilas para cerâmica vermelha
e nobre, quartzo para fins industrial e, sobretudo, calcário tanto para emprego
industrial, quanto para corretivo de solo. No que concerne a metas a atingir,
pretende-se não apenas cumprir os prazos de execução previstos nos cronogramas,
mas também aprimorar o nível de qualidade dos trabalhos em execução dentro da
premissa do continuo processo evolutivo que norteia as relações humanas, além
de procurar acelerar as publicações dos relatórios concluídos.
Informe
CPRM - Quantos profissionais estão trabalhando atualmente na Divisão?
Vanildo Almeida Mendes- No
momento cerca de quarenta profissionais trabalham em âmbito nacional nos
projetos da divisão, com aproximadamente 90% deste contingente formado por
geólogos que possuem notória experiência nas atividades da DIMINI.
Informe
CPRM - Como será feita a avaliação das rochas ornamentais e materiais usados na
construção civil?
Vanildo Almeida Mendes- A
ideia é aproveitar o conhecimento geológico regional gerado pela CPRM e
elaborar mapas de potencialidades para rochas com fins ornamentais e disponiblizar
estas informações ao setor privado, com a perspectiva de propiciar a descoberta
de novas jazidas, sobretudo de litotipos tidos como nobres e de reconhecida
aceitação no exigente mercado internacional de produtos pétreos. Internamente
pretende-se apoiar as entidades do setor e universidades, com o objetivo de
criar a cultura do granito, visando difundir o emprego das rochas ornamentais
como material de revestimento na construção civil.
Ressaltar a importância do conhecimento
da geologia na aplicação das rochas, com o objetivo de evitar o aparecimento de
patologias que normalmente afetam os revestimentos assentados e mostrar ao
mercado a excelência do granito brasileiro.
Em termos de insumos para construção
civil a atualização do conhecimento e a descoberta de novas jazidas auxiliarão
diretamente no andamento das obras de infraestrutura da qual o país é tão
carente. Convém frisar, que um dos objetivos do programa é a comprovação da
existência destes insumos próxima ao local destas obras, com a finalidade de
obter-se uma redução nos custos de transporte e consequente barateamento destes
insumos.