Segundo professor da USP,
a obra possui relevância internacional
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A obra que reúne o
conhecimento atualizado sobre as vocações metalogenéticas das Províncias Tectônicas Brasileiras foi lançada durante o 47º Congresso
Brasileiro de Geologia, realizado em Salvador, no ano passado. A publicação
aborda a caracterização da ambiência
geológica e dos controles de formação dos principais depósitos metálicos. Essa
edição de mais volume da série metalogenia do Brasil foi organizada por
renomados especialistas com atuação acadêmica e da indústria de mineração.
A iniciativa faz
parte do Programa Geologia do Brasil e busca preencher lacuna na literatura
técnica especializada sobre minerais metálicos no território nacional. A
publicação foi organizada pelos pesquisadores Maria da Glória da Silva, Hardy
Jost, Raul Minas Kuyumjian e Manoel Barretto da Rocha Neto e teve diversos
capítulos elaborados por pesquisadores da CPRM.
Hard Jost um dos organizadores da
publicação explica que uma análise da obra permite destacar sua importância.
“Do ponto do investidor e da exploração mineral reúne os ambientes geológicos
favoráveis para mineralizações, descreve as características da variedade de
depósitos minerais conhecidos até o momento e sinaliza a possibilidade de
ampliar o potencial para recursos minerais adicionais, no pressuposto de que os
depósitos conhecidos não esgotam o potencial conhecido em cada província, além
de subsidiar as etapas de planejamento de investimentos”, afirma.
Segundo Jost do ponto de vista
científico, a obra contempla o estado atual do conhecimento e permite propor
projetos de investigação geológica dirigidos para ampliar o conhecimento em
áreas carentes de pesquisa ou em áreas que mereçam detalhamento. “No
aspecto acadêmico, a obra é subsídio valioso para a introdução ao conhecimento
geológico e metalogenético das províncias tectônicas do Brasil dirigida a
alunos de graduação e pós-graduação dos Cursos de Geologia das diversas
universidades do país”, diz Jost.
O professor
Benjamin Bley, da Universidade de São Paulo (USP), concorda com essa avalição. “A CPRM cumpriu e extrapolou suas metas de fomentar o
conhecimento da geologia brasileira. O livro deveria ser leitura obrigatória em
todas as bibliotecas de geociências do Brasil. É uma obra muito importante de
nível internacional. Para a academia é um achado. A publicação que faltava, com ingredientes tectônicos inseridos. Para o setor
mineral, uma obra de consulta para os próximos vinte anos”, elogia o professor
Bley.
Hard Jost explica ainda que a obra é
composta de 25 capítulos. Os primeiros abordam a Evolução da
Plataforma Sul-americana e Geofísica dos Domínios Tectônicos Brasileiros. A
partir do terceiro capítulo, a obra está enfatiza a vocação metalogenética
brasileira em ordem decrescente de idade das províncias, iniciando com os
núcleos Arqueanos, seguido dos terrenos Peloproterozóicos, Mesoproterozóicos,
Neoproterozóicos e culminando com as Províncias Fanerozóicas representadas
pelos complexos alcalino-carbonatíticos.