O diretor da CPRM, Thales Sampaio, acompanha a palestra |
Nos dias 11 e 12 de março, ocorreu, no Rio de Janeiro, a 4ª Reunião Técnica sobre avaliação
e mapeamento de riscos. O evento contou com a presença do diretor de Hidrologia
e Gestão Territorial do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Thales Sampaio.
Segundo
Thales Sampaio, no Japão ciência e tecnologia são levados muito a sério. “Eu
diria que o Japão tem no seu território um ordenamento e uma gestão muito bem
feita com relação à identificação das áreas de risco. Sem dúvidas podemos
aproveitar muito do que os japoneses sabem sobre o tema e muito do que eles já
fizeram no país.”
O
projeto contou com a participação do Centro
Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), do Minstério
das Cidades, do Centro Nacional de
Monitoramentos e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden),
de governos estaduais e municipais, universidades, instituições de pesquisa e
candidatos ao treinamento no Japão 2015.
Youchi Miki fala sobre a lei japonesa de Prevenção de Desastres |
Durante
as reuniões anteriores, realizadas em 2014, constatou-se que no Brasil diversas
instituições têm seu próprio método de mapeamento, utilizando tipologias diferentes
para desastres de movimento de massa. Em função da pluralidade dos métodos, os
organizadores do projeto convidaram o especialista, Youchi Miki, para ministrar
palestras sobre a metodologia japonesa. As palestras ocorreram entre os dias 1°
de fevereiro e 13 de março.
As
principais atividades da programação foram aulas sobre as técnicas de
mapeamento de riscos japonesas; verificação da aplicabilidade e praticidade
dessa prática nas áreas de riscos dos municípios piloto; identificação das
semelhanças e contrastes entre os métodos brasileiros e japoneses.
Segundo
a organização do evento, nos últimos anos a ocorrência de desastres naturais
vem aumentando significativamente no Brasil. Esse agravamento tem como marco os
fenômenos na Região Serrana do Rio de Janeiro. Os acontecimentos motivaram o
governo brasileiro a propor um acordo de cooperação técnica entre a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e a Agência de
Cooperação Internacional do Japão (JICA).