Francisco Oliveira explica os objetivos do treinamento |
Está acontecendo no Escritório do Rio de
Janeiro do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) o treinamento “Fundamento em GIS
e aplicações em modelagem hidráulica e hidrológica”. Ministrado pelo professor
Francisco Oliveira, do Departamento de Engenharia Civil na Texas A&M University, o treinamento é destinado a 25
profissionais da área de hidrologia da CPRM, Coppe/UFRJ, UERJ, Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), e CBH
Piabanha e visa capacitar os membros dos projetos e instituições convidadas
para o desenvolvimento das atividades futuras de forma a transmitir o
conhecimento que possui para as instituções brasileiras.
Nesse primeiro treinamento o professor Francisco apresenta os fundamentos do programa ArcGIS (componentes do ArcGIS, formatos de dados, projeções, geo-processamento de vetor de dados e análise de dados raster)e aplicações em Modelagem hidrológica (análise de terreno, rio e delineação de bacias, HEC-GeoHMS) e Modelagem hidráulica (HEC-GeoRAS).
Francisco Oliveira está visitando o Brasil
por conta do Projeto de pesquisa de Pesquisador Visitante Especial. O projeto
funciona dentro do "Ciencias sem fronteiras" programa com financiado
pelo MEC/MCTI/CAPES/CNPq, no qual a CPRM é colaboradora. O objetivo do projeto
é o desenvolvimento de um modelo hidrológico distribuído para a bacia do rio
Piabanha, na região Serrana do Rio de Janeiro, através do uso de imagens Lidar.
A bacia do Piabanha é monitorada e estudada pela CPRM no projeto "Estudos
Integrados em Bacias Experimentais e Representativas da Região Serrana". O
projeto de cooperação internacional prevê uma visita bianual do professor Olivera,
até o ano de 2017, para a realização de treinamento, capacitação e integração
da equipe.
Segundo o chefe do Departamento de Hidrologia,
Frederico Cláudio Peixinho, o projeto
Estudos em Bacias Experimentais e Representativas monitora intensamente
as variáveis hidrometeorológicas e os processos hidrológicos que ocorrem em
diversas escalas, desde parcelas experimentais de solo a bacias hidrográficas alinhadas
de diferentes tamanhos.
O conjunto de bacias experimentais e
representativas, instaladas e operadas pela CPRM apresenta diferentes usos do
solo e cobertura vegetal, variando de 3 km² a 30 km². Três delas estão contidas
em uma bacia representativa de 411 km², por sua vez, contida na bacia do rio
Piabanha que tem 2.050 km².
O chefe do Dehite,
Frederico Peixinho, apresenta
o professor Francisco Oliveira
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Estas bacias experimentais e representativas
apresentam problemas relacionados à falta de saneamento básico, disposição
inadequada de resíduos sólidos, drenagem urbana deficiente, erosão, poluição
industrial e difusa, com reflexos na qualidade da água, no assoreamento dos rios,
na ocorrência de estiagem, enchentes e no escorregamento de encostas. A CPRM garante
o monitoramento contínuo das variáveis e levantamentos de campo, com suas
equipes técnicas, que fazem a coleta, análise dos dados, avaliações e
prognósticos. Seus pesquisadores em geociências desenvolvem estudos e pesquisas
que resultam em artigos técnicos científicos, dissertações de mestrado e teses
de doutorado.
Bacia
do rio Piabanha
Oliveira é um dos pesquisadores que tem um
estudo importante sobre a bacia do rio Piabanha, por isso a CPRM está avaliando
a viabilidade de instrumento de cooperação técnica envolvendo as Universidades do
Rio de Janeiro e do Texas. Neste sentido, deverá promover, em maio deste ano, um
seminário onde os técnicos desta área e da área de Informações de Alerta de
Cheias e Inundações possam debater sobre as bacias experimentais,
representativas e escola, bem como mergulhar nos estudos de Modelagem
Hidrológica e Hidráulica dos Sistemas de Alerta e Previsão Hidrológica,
implantados e operados pela CPRM.