Marcelo Araújo passa a palavra ao geofísico Antonino
Borges
para conduzir o encontro “Dedo de Prosa”
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Com um encontro denominado “Dedo de Prosa” e
um lanche ao final do expediente, a Superintendência Regional de Belo Horionte
(Sureg-BH) comemorou, na sexta-feira, 29 de agosto, na sala Multimeios, os 45
anos do Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
A abertura com o hino nacional brasileiro foi
seguida de um discurso do superintendente Marcelo de Araújo Vieira, que
destacou a história de conquistas e desafios da CPRM. “Uma empresa que nasceu
junto com a gente”, disse. Após, deu a palavra ao geofísico Antonino Juarez Borges,
42 anos de CPRM, convidado para conduzir o tema do encontro “Dedo de Prosa”.
Os empregados acompanham atentos os fatos
narrados por
Antonino Borges
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Antonino Borges, que trabalha desde os
primeiros anos de existência da instituição, fez um apanhado histórico da
pesquisa geológica, geofísica e de recursos minerais do Brasil, desde o período
do Império, passando pela República Velha até a criação da CPRM em 1969,
seguindo até os dias atuais.
Com uma narrativa original e bem humorada,
Borges destacou os principais fatos ocorridos ao longo de mais de um século da geologia
brasileira, como a vinda do pesquisador Orville
Adalbert Derby (1851-1915),
convidado a integrar a Comissão Geológica do Império. Derby fundou e dirigiu,
no início do século passado, o Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil.
Falou do cientista francês de Claude-Henri Gorceix (1842-1919), que a convite de Dom
Pedro II, veio ao Brasil para instalar a Escola de Minas em Ouro Preto – MG, entre
outros grandes geólogos que contribuíram para o desenvolvimento da pesquisa
geológica no país.
Após a solenidade, confraternização no
salão de recreação
da Sureg-BH
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Abordou o período de
criação da CPRM em agosto de 1969 (fundada como empresa de economia mista), dos
primeiro anos de atividades avançando pelas décadas sequentes até hoje.
Destacou trabalhos importantes de descobertas para o país, como, por exemplo, a
mina de urânio de Lagoa Real, pelo pesquisador em Geociências da CPRM, Michael Drews. Da descoberta das jazidas
de fosfato de Patos de Minas, nióbio na Amazônia, carvão e turfa, entre outras
importantes descobertas. Discorreu sobre as fases da empresa na década de 70 onde
o objetivo principal da CPRM foi encontrar novas jazidas minerais para o país.
Na década de 80 onde o foco foi descobrir áreas potenciais para investimento da
iniciativa privada e trabalhar com sondagens.
Na década de 90 quando ocorreu a grande
mudança para empresa pública. Ressaltou os trabalhos executados a partir de
2000, como os trabalhos do Pronageo - em parceria com as universidades -, e os
investimentos em levantamentos aerogeofísicos.
Borges finalizou sua exposição falando dos
Centros Integrados de Estudos Geológicos da CPRM (Cieg’s), dos investimentos em
laboratórios e litotecas, sobre a realização de dois concursos públicos
recentes, e as novas ações executadas pela CPRM, como os trabalhos em áreas de
risco. Ao final, o público fez perguntas sobre a CPRM nestes 45 anos de
existência e consolidação da instituição.
Após o “Dedo de Prosa”, os presentes se
reuniram para celebrar o aniversário da empresa com uma confraternização
durante o lanche.