terça-feira, setembro 23

Brasil vai capacitar recursos humanos para explorar Atlântico Sul


Roberto Ventura destacou os desafios para atuar
 nessa nova área de conhecimento

O ousado programa de geologia marinha desenvolvido pela CPRM entra agora numa nova fase com a aprovação pela Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISBA), órgão das Nações Unidas, do plano de trabalho apresentado pela CPRM para pesquisar e explorar, durante 15 anos, uma área de 3 mil km², na Elevação  do Rio Grande, localizada em águas internacionais do Atlântico Sul. A declaração é do diretor da CPRM, Roberto Ventura, durante a conferência que debateu a exploração dos oceanos e seus recursos minerais, que faz parte da programação do Congresso Brasileiro de Geologia, que está sendo realizado em Salvador, na Bahia.

Ventura explicou como foram realizadas as pesquisas que subsidiaram a formatação da proposta brasileira. Ele destacou a importância dos interesses nacionais na exploração de recursos minerais marinhos.  O diretor citou desafios que considera relevantes para o sucesso dessa nova fase nas pesquisas, com a formação de recursos humanos, desenvolvimento tecnológico e execução de projetos em parceria com países da América do Sul e África.

Diretor Roberto Ventura durante palestra sobre 
origens da Elevação do Rio Grande
“A CPRM está montando um programa de treinamento que busca promover a integração entre pesquisadores de diversas áreas. Essa iniciativa é um passo importante para formação de recursos humanos, e oportunidade para que  áreas como a biologia, geofísica, geologia e oceanografia possam se integrar cada vez mais nesses estudos  que pode trazer  resultados surpreendentes, já que estamos explorando uma nova fronteira do conhecimento”, disse Ventura.  


A estudante de geologia Maria Fernanda, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), era um das mais de 200 pessoas que lotaram uma sala para assistir a palestra ministrada por Roberto Ventura na manhã desta segunda-feira (22/9), que abordou a origem da Elevação do Rio Grande. Ela também esteve na conferência, pois o assunto lhe despertou interesse. “Já havia lido reportagens sobre esse estudo e fui me interessando pelo tema. Quando vi que na programação do congresso haveria palestras para debater o assunto fiz questão de conhecer mais sobre o lado técnico dessas pesquisas”, disse a estudante que pretende se especializar mais para trabalhar na área.