Geólogo João de
Aquino, diretor Thales Sampaio, Darlan Maciel, Fernando Feitosa e Luis Carlos |
Uma equipe da CPRM visitou,
no dia 14 de abril, os poços pioneiros e estratégicos localizados no Ceará. A
equipe foi composta pelo diretor de Hidrologia e
Gestão Territorial (DHT), Thales Sampaio, os assessores da DHT,
Clodionor Araújo e Fernando Feitosa, chefe da Residência de Fortaleza, Darlan
Maciel, o coordenador Nacional do Projeto Geoparques da CPRM, Carlos
Schobbenhaus e os geólogos Liano Verissimo e Luis Carlos Freitas.
No final da década de 1990,
o Governo do Estado do Ceará desenvolveu um projeto para perfuração de poços de
grandes profundidades, denominados Poços Pioneiros, na Bacia Sedimentar do
Araripe, com o intuito de consolidar os conhecimentos hidrogeológicos da bacia
e, principalmente, aumentar a oferta de água na região. Os três primeiros poços
pioneiros foram construídos pela empresa CPA – Central Perfuradora
Araraquarense Ltda., através de contrato com a Secretaria de Recursos Hídricos
do Estado do Ceará. Os outros dois poços pioneiros foram perfurados com uma
perfuratriz (T-50) cedida pela CPRM, através de Contrato de Comodato, e a
contratação de uma cooperativa formada pela CPRM e Superintendência de Obras
Hidráulicas (SOHIDRA).
A construção de poços
tubulares profundos, captando os aquíferos mais produtores das bacias
sedimentares do semiárido nordestino, distribuídos de forma estratégica, têm
expectativas de profundidades estão entre 400 e 1.000 metros e previsão de
produção de 50 a 100m3/h de água com qualidade adequada para consumo humano sob
a responsabilidade de locação, construção e instalação do Serviço Geológico do
Brasil, através de convênio com o Ministério da Integração Nacional.
Estes poços representam
fontes permanentes para produção de água potável, servindo como mananciais
estratégicos para abastecimento de carros-pipa visando, principalmente, o
abastecimento da população rural difusa. Esta iniciativa, além de contribuir
emergencialmente para a grave situação gerada pela estiagem atual, é na verdade
um projeto estruturante, pois a vida útil dos poços pode ultrapassar 50 anos.