Distrito
de Abunã tomado pelas águas
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O Serviço Geológico do
Brasil (CPRM) vem acompanhando as chuvas que têm caído nas cabeceiras da Bacia
do Rio Madeira, localizadas na Bolívia e Sul do Peru. Esse fenômeno vem
ocorrendo desde o mês de outubro de 2013, e está atingindo valores acima da
média histórica.
Segundo o pesquisador em
Geociências da Unidade de Porto Velho da CPRM, Francisco de Assis dos Reis
Barbosa, o que se observa é que os níveis passaram a atingir marcas históricas
(cotas máximas) já no início de janeiro deste ano. Em função disso, os prognósticos
de cheia ocorreram levando o nível do Rio Madeira a atingir sua marca histórica
no dia 16/02/2014. Nesse dia, a cota chegou ao valor de 17,54m. A cota máxima
atingida era de 17,52 m ocorrida em 1997. Na leitura da régua que mede a altura
atingida pelas águas, a cota de hoje, 18/02, atingiu 17,76m. As leituras são
realizadas diariamente às 7 horas da manhã durante todo o período das cheias.
O que mais impressiona,
explica Barbosa, é que historicamente os níveis máximos do Rio Madeira em Porto
Velho ocorrem 95% entre os meses de março e abril. A CPRM, por meio da Unidade
Regional de Porto Velho, opera esta estação desde 1967, portanto, há mais de 45
anos e até hoje esse fenômeno não havia acontecido.
Ponte
sobre o rio Araras
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O Departamento de Hidrologia
da CPRM tem dado todo apoio necessário às defesas civis municipal e estadual,
passando informações atualizadas do nível do rio desde a estação de Guajará
Mirim e Abunã até Porto Velho. Ao mesmo tempo, vem realizando medições de vazão
no rio para subsidiar demandas dos organismos de defesa civil para a prevenção
e ou mitigação dos efeitos das cheias em Rondônia.
A cheia do Rio Madeira já
atingiu ruas, casas e comércios em Porto Velho. Em razão das cheias o governo
de Rondônia decretou estado de emergência nos municípios de Porto Velho e
Guajará-Mirim. O decreto também alcançou os municípios de Rolim de Moura, e
Santa Luzia, que pertencem à Bacia do Rio Machado, que também está subindo
acima do normal.