Nogueira falou sobre a importância das geociências
para o desenvolvimento do país
|
O secretário
de Geologia Mineração e Transformação Mineral, Carlos Nogueira, participou,
no Rio de Janeiro, de debate sobre a importância das geociências como
catalizadoras do desenvolvimento brasileiro. O evento discutiu diretrizes da Carta
de Santos, que faz propostas para gestão integrada das geociências no Brasil. O
debate reuniu representantes da ANP, Petrobras, CPRM e universidades, e fez
parte da programação do Congresso Internacional de Geofísica.
Nogueira destacou
ações do Plano Nacional de Mineração que busca balizar a atuação do governo e
da inciativa privada no setor mineral brasileiro. O secretário citou
investimentos que o governo fez nos últimos anos para alavancar o conhecimento
geológico do território brasileiro. “Existe um entendimento dentro do governo que reconhece a geologia como
suporte para o desenvolvimento da infraestrutura, pois o conhecimento geológico
ajuda na construção de estradas, portos e nas grandes obras de infraestrutura
que o país necessita”, afirmou Nogueira.
Segundo
Nogueira é importante pensar na formação de recursos humanos qualificados para
aturem nas áreas das geociências no Brasil. Para isso, o governo busca investir
por meio de fundos setoriais, em pesquisa, desenvolvimento tecnológico e
inovação. “A proposta do marco regulatório prevê que 40% do que for destinado à
União com a CFEM seja destinado ao fundo setorial da mineração,” disse.
Marco regulatório - Nogueira
defendeu as mudanças que o governo está propondo para modernizar o setor
mineral brasileiro. Ele disse que o Estado não pode abrir
mão de ter instrumentos de gestão para planejar políticas públicas para o setor. “O
País não pode deixar de ter instrumentos de gestão dos recursos minerais. O
projeto está no Congresso Nacional para ser debatido com a sociedade”, disse.
Nogueira
descartou ainda que a proposta do governo esteja afugentando investidores
internacionais. “As projeções do IBRAM reafirmam que o setor vai receber
vultosos investimentos em ampliação e expansão de empreendimentos nos próximos
anos”. Segundo Nogueira, o investidor procura estabilidade política e
econômica, além da possibilidade de descoberta de jazidas. “O Brasil continua
sendo atrativo para investimentos internacionais no setor de mineração”,
afirmou.