quarta-feira, março 13

Técnicos da Superintendência de Belo Horizonte conhecem a tecnologia ZTEM e suas aplicações


Carlos Izarra falou sobre as inovações do sistema

 ZTEM em levantamentos aerogeofísicos

Técnicos da Superintendência Regional de Belo Horizonte (Sureg-BH), do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), acompanharam, ontem, 12/03, a palestra do geofísico Carlos Izarra, da Geotech Aiborne, sobre o uso do método eletromagnético através do sistema ZTEM para levantamentos aerogeofísicos. Esse sistema produz imagens mais nítidas e profundas e com alta resolução, que permite diferenciar litologias locais.


O Sistema Aeroeletromagnético Geotech – ZTEM é um método de Audio-Frequency Magnetics (AFMAG), para levantamentos do domínio da frequência. A operação pode ser feita por meio de helicóptero ou avião, para medições das variações de campo eletromagnético natural (campos magnéticos presentes em toda a superfície da terra oriundos principalmente de descargas elétricas atmosféricas).

A tecnologia é inovadora porque permite a execução de levantamentos de alta resolução com grande capacidade de penetração no terreno, possibilitando mapear anomalias em profundidades médias de 800 metros. Segundo Izarra, o equipamento ZTEM possui o que há de mais moderno em instrumentos eletrônicos digitais e de processamento de sinais.

Durante a palestra, Carlos Izarra explicou como se opera o sistema, abordando as características do método e do equipamento, falou dos significados físico e geofísico das medições e destacou a capacidade ampla de identificação de mineralizações sejam superficiais ou profundas. O representante da Geotech detalhou as especificações de voo para helicóptero e avião, ressaltando a qualidade dos resultados para mapas, tabelas, etc. Apresentou, também, diversos exemplos de levantamentos mostrando as aplicações e restrições do método de forma a possibilitar aos geólogos selecionar áreas a serem voadas com melhores critérios e, consequentemente, melhores possibilidades de sucesso.

O sistema ZTEM já foi utilizado em mais de 260 mil km lineares em todo o mundo, cuja soma das áreas cobertas perfazem 80 mil km2. Com apenas cinco anos de uso já foi testado por vários países como Estados Unidos, Canadá, Chile, Colômbia, Finlândia, México, Portugal, África do Sul, Groenlândia, entre outros.

Para o superintendente, Marco Antônio Fonseca, a palestra foi importante para que os técnicos da Sureg-BH pudessem conhecer um novo método que vem sendo largamente aplicado por empresas e serviços geológicos de vários países.

Organizado pela Sureg-BH, o evento foi coordenado pelo geofísico Antonino Juarez Borges e contou com o apoio do gerente de Geologia e Recursos Minerais, Márcio Antônio da Silva.