Representantes
dos serviços geológicos dos cinco países (Argentina, Brasil,
Paraguai, Bolívia e Uruguai) que comportam a segunda maior bacia do
continente, a bacia do rio Prata, se reuniram, nos dias 27 e 28 de novembro,
no Escritório do Rio de Janeiro do Serviço Geológico do Brasil (CPRM). O evento promoveu o
intercâmbio de informações sobre a caracterização dos aquíferos
transfronteiriços, e contribuiu para consolidar as ações de 2012
do Projeto Marco, onde
o tema "Águas Subterrâneas" está inserido nesse campo de
conhecimento.
O
diretor de Hidrologia e Gestão Territorial da CPRM, Thales Sampaio,
fez a abertura do evento, dando as boas vindas aos participantes e, em seguida, realizou uma breve palestra sobre a empresa e a importância da
instituição na contribuição destas ações. O coordenador
brasileiro do projeto, Júlio Thadeu
Kettelhut, fez, ainda, considerações sobre o objetivo do seminário.
Os
participantes do evento, representando as delegações estrangeiras e
nacionais (estas últimas dos órgãos gestores de recursos hídricos
subterrâneos dos estados inseridos no projeto e de pesquisadores da CPRM) apresentaram as informações
relativas ao estado da arte em relação ao inventário de poços e
discutiram as metodologias para elaboração do mapa hidrogeológico
da bacia do rio Prata.
Na
ocasião, a CPRM deu conhecimento aos participantes sobre o Mapa
Hidrogeológico da Amazônia Ocidental apresentado no XVII Congresso
Brasileiro de Águas Subterrâneas. “É um
recorte do mapa hidrogeológico do Brasil em desenvolvimento pela
instituição, que retrata as condições de ocorrência da água
subterrânea naquela região”, explicou o chefe do Departamento de
Hidrologia da CPRM, Frederico Peixinho.
O
Projeto Marco,
criado pelo Comitê Intergovernamental Coordenador dos Países da
Bacia do Prata (CIC), pretende ajudar os governos desses países na
gestão integrada de recursos hídricos da bacia, em relação
aos efeitos da variabilidade e mudanças climáticas, com vistas ao
desenvolvimento econômico e social, ambientalmente sustentável,
através do fortalecimento institucional da CIC.
“Atualmente,
na Bacia do Prata são gerados 60% do PIB dos cinco países. Trata-se
da região economicamente mais importante da América Latina e de uma
das áreas de maior volume de produção”, informou Peixinho. No
Brasil, formada pelos rios Paraguai, Paraná e Uruguai, possui área
total de 3,2 milhões de quilômetros quadrados, e atinge os estados
de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul.
A
coordenação do Seminário, que alcançou pleno êxito, ficou
ao encargo da Assuni e Derid/Dimark.