terça-feira, dezembro 18

Países discutem gestão integrada das águas subterrâneas da Bacia do Prata

Representantes dos serviços geológicos dos cinco países (Argentina, Brasil, Paraguai, Bolívia e Uruguai) que comportam a segunda maior bacia do continente, a bacia do rio Prata, se reuniram, nos dias 27 e 28 de novembro, no Escritório do Rio de Janeiro do Serviço Geológico do Brasil (CPRM). O evento promoveu o intercâmbio de informações sobre a caracterização dos aquíferos transfronteiriços, e contribuiu para consolidar as ações de 2012 do Projeto Marco, onde o tema "Águas Subterrâneas" está inserido nesse campo de conhecimento.


O diretor de Hidrologia e Gestão Territorial da CPRM, Thales Sampaio, fez a abertura do evento, dando as boas vindas aos participantes e, em seguida, realizou uma breve palestra sobre a empresa e a importância da instituição na contribuição destas ações. O coordenador brasileiro do projeto, Júlio Thadeu Kettelhut, fez, ainda, considerações sobre o objetivo do seminário.

Os participantes do evento, representando as delegações estrangeiras e nacionais (estas últimas dos órgãos gestores de recursos hídricos subterrâneos dos estados inseridos no projeto e de pesquisadores da CPRM) apresentaram as informações relativas ao estado da arte em relação ao inventário de poços e discutiram as metodologias para elaboração do mapa hidrogeológico da bacia do rio Prata.

Na ocasião, a CPRM deu conhecimento aos participantes sobre o Mapa Hidrogeológico da Amazônia Ocidental apresentado no XVII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas. “É um recorte do mapa hidrogeológico do Brasil em desenvolvimento pela instituição, que retrata as condições de ocorrência da água subterrânea naquela região”, explicou o chefe do Departamento de Hidrologia da CPRM, Frederico Peixinho.

O Projeto Marco, criado pelo Comitê Intergovernamental Coordenador dos Países da Bacia do Prata (CIC), pretende ajudar os governos desses países na gestão integrada de recursos hídricos da bacia, em relação aos efeitos da variabilidade e mudanças climáticas, com vistas ao desenvolvimento econômico e social, ambientalmente sustentável, através do fortalecimento institucional da CIC.

Atualmente, na Bacia do Prata são gerados 60% do PIB dos cinco países. Trata-se da região economicamente mais importante da América Latina e de uma das áreas de maior volume de produção”, informou Peixinho. No Brasil, formada pelos rios Paraguai, Paraná e Uruguai, possui área total de 3,2 milhões de quilômetros quadrados, e atinge os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A coordenação do Seminário, que alcançou pleno êxito, ficou ao encargo da Assuni e Derid/Dimark.