Thales Sampaio, Eduardo Santa Helena e o professor da Fundação Dom Cabral, Estevão Anselmo |
Com o tema: A Visão do
Futuro da CPRM e os Desafios da Hidrologia e Gestão Territorial, começou na quarta-feira (07/11) em Natal (RN), o Seminário de Gestão da Diretoria de
Hidrologia e Gestão Territorial (DHT), do Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
Os debates acenaram para o planejamento estratégico da empresa, em especial nas
áreas de atuação da DHT.
O evento contou com a
presença do diretor da DHT, Thales Sampaio, e do diretor de Administração e
Finanças (DAF), Eduardo Santa Helena. O primeiro a falar na abertura foi o
Superintendente de Recife, José Wilson Temoteo, que destacou a importância de
se discutir a gestão no atual momento de crescimento da empresa.
O diretor Santa Helena
abordou o ciclo de seminários que a CPRM vem realizando com os gestores de todas
as diretorias. Santa Helena dissertou sobre o momento em que o mundo estabelece
novos paradigmas no que concerne a gestão das empresas. “Esses novos pilares,
que orientam e iluminam a tomada de decisões e as ações no mundo corporativo
privado, passaram, nas últimas duas décadas, a influenciar também a chamada
esfera pública. Cada vez mais, os gestores das empresas públicas e órgãos
governamentais são instados a produzir mais resultados com recursos limitados,
de forma mais rápida, eficiente e levando em conta a sustentabilidade”,
afirmou.
O diretor explica que, no
caso da CPRM, esse fenômeno aconteceu por duas vezes nos últimos anos. A
primeira, em 2009, com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A segunda, em 2011, quando a empresa foi
convocada pelo Governo Federal para fazer o mapeamento das áreas de risco em
todo o país.
Seminário conta com técnicos da DHT de todo o país |
“Só para se ter uma ideia da
grandeza em números desse impacto, até 2002 os recursos orçamentários para projetos
da CPRM giravam em torno de 20 milhões/ano e atualmente giram em torno de 180
milhões de reais”, ressaltou. Isso gerou novos desafios a serem enfrentados.
Para Santa Helena, as novas e maiores responsabilidades assumidas pela empresa
revelaram o quanto estávamos defasados e despreparados para responder as novas
demandas. “Estamos fazendo um esforço para mudar, modernizar e melhorar nossos
processos de trabalho, principalmente buscando novas tecnologias”, disse.
Entre as medidas tomadas
estão: aquisição e implantação nacional do novo sistema informatizado de
Compras e Contratos na empresa; o Sistema de Patrimônio que está implantado
nacionalmente e funcionando com êxito; a aquisição, para 2013, do Sistema de
Gestão de Recursos Humanos; a promoção de mudanças na estrutura organizacional;
a elaboração de um planejamento de compras corporativas para 2013; a meta de
realização de um novo concurso público; entre outras realizações. Concluindo,
Santa Helena afirmou que “temos o desafio de parar, refletir e planejar para
promover o desenvolvimento da empresa”.
O diretor da DHT, Thales
Sampaio, destacou que a CPRM precisa trabalhar de forma integrada e que essa é
uma decisão da diretoria executiva da empresa. Segundo ele, é preciso vencer os
“muros invisíveis” existentes no interior das empresas, que dificultam o
inter-relacionamento dentro das instituições. Sampaio lembrou que nós nos
percebemos de forma isolada, separados. “Os indivíduos, as corporações, as
diretorias, os setores, tudo isso é visto de forma separada em suas estruturas.
Daí a dificuldade de convivermos com as outras áreas. Se trabalhássemos de
maneira integrada já teríamos resolvido metade de nossos problemas”, disse.
Mesa de abertura do Seminário |
Sampaio defendeu a
necessidade de desenhar e implementar um programa na CPRM de capacitação
continuada, onde destaca que as pessoas só se percebem individualmente em
função de terem sido treinadas para agirem assim. “São 300 anos de avanços no
mundo, mas o modelo analítico é inadequado para resolver problemas complexos
nas organizações. No entanto as universidades continuam utilizando o modelo
analítico/cartesiano. “Uma organização é um sistema vivo criado por pessoas. Se
continuarmos trabalhando de forma separada não conseguiremos o desenvolvimento
com base na sustentabilidade”, salientou. “Mas já demos vários passos para
solucionar os problemas na CPRM e com isso já temos alguns produtos com
concepção mais sistêmica”, completou.
Thales Sampaio fez questão
de deixar uma mensagem de otimismo na abertura do seminário, lembrando que a
intenção da diretoria é trabalhar junto e ter respeito mútuo. Somos uma empresa
regida por meio de um colegiado e todos estamos empenhados em realizar uma
gestão que garanta, no futuro, uma empresa melhor para a sociedade.
O Seminário de Gestão da DHT
conta a participação do professor Estevão Anselmo, da Fundação Dom Cabral, que
desenvolve o trabalho de capacitar a equipe da DHT em gestão estratégica. O
evento está sendo organizado pela coordenadora executiva da DRI, Michelle
Araújo.