quarta-feira, outubro 24

Pesquisas em geologia marinha estão muito avançadas


A Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia, desenvolve há cerca de três anos um dos mais ousados programas de pesquisa geológica marinha, tanto em área internacional do Atlântico Sul quanto em nossa plataforma continental jurídica.

Por meio desse programa, executado com recursos do PAC, foi realizada em 2011 a primeira expedição de um país da América do Sul a águas internacionais, objetivando o  levantamento de dados sobre a evolução geológica e o potencial mineral da região (no caso o Alto do Rio Grande, que se situa a mais de 1.500 km da costa brasileira). Este programa, vem sendo desenvolvido não só com a participação de pesquisadores da própria CPRM, mas também, de outras instituições de pesquisa brasileiras.

“Esses estudos, que realizaram levantamentos do assoalho oceânico e amostragem (dragagem), tem sido importantes para definir a estratégia brasileira, qual seja, requerer junto à ISBA (International Sea Bed Authority), órgão das Nações Unidas, permissão para realizar pesquisa mineral na região. Além do caráter estratégico, essa iniciativa brasileira traz em seu bojo a formação de recursos humanos e o desenvolvimento tecnológico”, informa Roberto Ventura, diretor de Geologia e Recursos Minerais da CPRM.

Além do Alto do Rio Grande, a CPRM  tem realizado também estudos na dorsal oceânica ao Norte do Arquipélago São Pedro-São Paulo. No  Alto do Rio Grande já foram realizadas sete expedições, cujo objetivo é levantar dados sobre a geologia e o potencial mineral da área para crostas de ferro, manganês e cobalto. Na região da Dorsal Oceânica, foram realizadas duas expedições e será realizada mais uma agora em novembro. Nesta área o potencial mineral é para mineralizações sulfetadas (Cu, Ni, Zn etc).

“A área internacional do Atlântico Sul em sido alvo de pesquisas e estudos por parte de outros países, como Rússia, França, Korea e China, tendo os dois primeiros já requerido autorização para pesquisa mineral na região junto à ISBA”, enfatiza Ventura.