Teobaldo Rodrigues fala sobre metas de sua gestão à frente da Superintendência |
Em entrevista exclusiva para
o Informe CPRM, o novo superintendente de Salvador, geólogo Teobaldo Rodrigues,
fala sobre o cenário do setor mineral na Bahia, que segundo ele, nunca recebeu
tanto investimento da iniciativa privada como agora. “Nos últimos dez anos grandes empresas de
mineração se instalaram na Bahia, e novas pesquisas estão sendo feitas”. O
geólogo anuncia que a CPRM irá realizar o mapeamento geológico de 12 mil Km² no
estado. “Serão quatro novas folhas na escala 1:100.000”, informa.
Rodrigues avisa que em breve
serão anunciados os resultados de projetos em fase conclusão que mudarão os
entendimentos geológicos nas regiões onde foram desenvolvidos, abrindo assim,
“perspectivas de investimentos nessas áreas”, que de acordo com ele, estão
tendo a sua “litologia e ambiência geológica interpretadas.” O
superintendente acrescenta também a importância de aperfeiçoar os instrumentos de gestão e
diz que sua meta é construir uma sede
definitiva para atender as necessidades
atuais da Superintendência. Confira a entrevista.
Como
o senhor avalia o cenário do setor mineral na Bahia?
Teobaldo
-
Nunca se investiu tanto em pesquisa como agora.
Nos últimos dez anos foram descobertos novos depósitos de bens minerais
no estado, como por exemplo, de bauxita, tório, níquel, novas anomalias de
cobre, diamante e vanádio, além da reativação da mina de ouro em Jacobina e
expansão de outros projetos, como implantação e ampliação da mina de níquel da
empresa Mirabela. Grandes empresas de
mineração se instalaram no Bahia, e novas pesquisas estão sendo feitas pela
iniciativa privada em busca de bauxita, níquel, ferro, terras raras, diamante,
manganês e minério de ferro.
Qual
é a importância da CPRM no processo de conhecimento geológico do subsolo
baiano?
Teobaldo
-
A empresa ajudou a alavancar esse crescimento do setor e terá papel relevante
nos próximos anos com os novos projetos que começaremos a executar ainda este
ano. Serão quatro novas folhas
(Andorinhas, Peões, Monte Santo e Uauá) de mapeamento geológico, na escala
1:100.000, o que totalizará 12 mil Km² de área pesquisada onde há
interesse para a mineração. Esses projetos têm a perspectiva de mudar a
geologia das regiões mapeadas e contribuir para ampliação das reservas e elevar
a Bahia à terceira colocação no ranking dos maiores Estados produtores de bens
minerais.
Quais serão as metas de sua gestão?
Teobaldo
- Vim
para ajudar no processo de reestruturação da empresa. Fui muito bem recebido
pelos funcionários, que estão motivados. Minha meta é integrar as áreas
administrativa e técnica e criar novos instrumentos de gestão para aperfeiçoar
o trabalho e gerenciar melhor nossos recursos financeiros, materiais e humanos.
Conto com o apoio da diretoria para construir uma sede definitiva para a
Superintendência. As instalações atuais foram construídas para serem
provisórias e já se passou bastante tempo. Pela importância dos projetos que
executamos e a necessidade de melhorar a qualidade de vida de nossos
profissionais vamos apresentar uma proposta para o novo prédio que terá
laboratórios, biblioteca e museu.