terça-feira, outubro 25

A geologia em áreas contaminadas

Com os problemas no Shopping Center Norte (SP), nunca se falou tanto de áreas contaminadas, que pode ser definida como uma área, local ou terreno onde há comprovadamente poluição ou contaminação causada pela introdução de quaisquer substâncias ou resíduos que nela tenham sido depositados, acumulados, armazenados, enterrados ou infiltrados de forma planejada, acidental ou até mesmo natural.

Nessa área, os poluentes ou contaminantes podem concentrar-se em subsuperfície nos diferentes compartimentos do ambiente, como por exemplo no solo, nos sedimentos, nas rochas, nos materiais utilizados para aterrar os terrenos, nas águas subterrâneas ou, de uma forma geral, nas zonas não saturada e saturada, além de poderem concentrar-se nas paredes, nos pisos e nas estruturas de construções.

Mas, o pior é que em São Paulo são consideradas áreas críticas: os aterros industriais Mantovani e Cetrin; o bairro de Jurubatuba, na cidade de São Paulo; o bairro de Vila Carioca, na cidade de São Paulo, no Ipiranga; o Condomínio Residencial Barão de Mauá, em Mauá (SP); o Jardim das Oliveiras, em São Bernardo do Campo; o Shopping Center Norte; as Mansões de Santo Antônio (Concima), em Campinas (SP); as Indústrias Reunidas Matarazzo, em São Caetano do Sul (SP); o Conjunto Cohab-Vila Nova Cachoeirinha, em São Paulo; e o Conjunto Cohab, em Heliópolis, em São Paulo.

De maneira geral, as formações geológicas, onde está localizado o resíduo ou o contaminante, atua, sobremaneira, na aplicabilidade e na eficiência dos métodos geofísicos que se baseiam na condutividade ou resistividade elétrica. Por exemplo, devido à alta condutividade elétrica apresentada pelas argilas, o contraste entre o valor da condutividade natural do meio (background) e a condutividade dos contaminantes inorgânicos pode ser pequeno, podendo mascarar a detecção da contaminação. Em contrapartida, com a presença de compostos orgânicos, os contrastes de condutividade poderão ser salientados.



Fonte: Geofísica Brasil