quinta-feira, novembro 1

Serviço Geológico do Brasil avalia potencial mineral em Santa Catarina e Paraná



Os trabalhos que o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) realiza, através de levantamentos geológicos e avaliação do potencial mineral  em diversas áreas do território nacional, representa importante avanço para evolução do conhecimento e criação de novas oportunidades no país. Desta vez a CPRM esteve na cidade de Florianópolis para lançar os Informes de Recursos Minerais que sintetizam o conhecimento em áreas que somam mais de 25 mil km², localizadas no centro-leste de Santa Catarina e no sudeste do Paraná. O evento aconteceu na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)  e contou com a presença da diretoria da CPRM, de estudantes e professores  e de profissionais do setor mineral.

A geóloga Tamara Manfredi apresenta os trabalhos sobre o
fosfato na porção centro-leste do estado de Santa Catarina
Foram lançados Informes de Recursos Minerais  Fosfato na Porção Centro-Leste do Estado de Santa Catarina e Integração Geológica-Geofísica e Recursos Minerais do Cráton Luís Alves. No primeiro, através do levantamento geoquímico, foi avaliado potencial para mineralizações de fosfato na região nordeste de Santa Catarina, ao leste do Paraná.  No segundo, foi apresentado o resultado da atualização da geologia do Cráton Luis Alves, e dos recursos minerais associados, como ferro e ouro, além do manganês, cobalto, níquel, cromo e vanádio. De acordo com o diretor-presidente da CPRM Esteves Colnago, as entregas dos estudos trazem oportunidades para a região. “O estado de Santa Catarina possui atividades agrícolas expressivas. Além disso, dispor de fosfato em seu território ajuda muito as possibilidades de expansão da economia local”, afirmou.

O geólogo Leandro Betiollo apresenta as áreas de
relevante potencial mineral do Cráton Luis Alves
Para o Diretor de Geologia e Recursos Minerais  José Leonardo Andriotti, esses projetos têm como objetivo proporcionar o incremento do conhecimento geológico e atrair investimentos para o setor mineral, contribuindo para o desenvolvimento nacional através do fomento da mineração, subsidiando também a formulação de políticas públicas e apoiando as tomadas de decisão de investimentos.

Alunos e professores do curso de Geologia da Universidade Federal de Santa Catarina participaram do evento e puderam entender a importância dos trabalhos apresentados. Gustavo Cortez, estudante do 4° período de geologia, destacou a relevância do trabalho para o estado e também para a área acadêmica. “As palestras, tanto sobre o fosfato como sobre o Cráton Luís Alves, mostraram novas possibilidades de exploração no estado. Elas também serviram para ampliar as áreas de pesquisa da própria universidade, abriram portas para   pesquisas de mestrado e teses de conclusão de curso, além de aprimorar a nossa grade”, destacou o estudante.

Equipe do Serviço Geológico do Brasil prestigia o evento com estudantes e professores da UFSC


O objetivo do Projeto Fosfato é o conhecimento dos depósitos e ocorrências de fosfato em todo o país e a ampliação das reservas brasileiras. O informe apresenta informações geológicas que permitiram definir ambientes favoráveis à mineralização de fosfato em Santa Catarina, mais especificamente na região centro-leste do estado. A avaliação do potencial de fosfato nesta região consistiu na coleta de informações no campo e na reinterpretação e integração de dados geoquímicos e geofísicos extraídos do banco de dados do Serviço Geológico do Brasil – CPRM, coletados em diferentes períodos de tempo.

O projeto de Integração Geológica-Geofísica e Recursos Minerais do Cráton Luís Alves abrange do nordeste de Santa Catarina ao leste do Paraná e foi desenvolvido em ambiente SIG, apresentando produtos cartográficos na escala 1:250.000. Além de integrar as informações geológicas existentes com o auxílio da aerogeofísica, que permitiu um melhor entendimento sobre as unidades geológicas da área, o projeto também utilizou uma gama de ferramentas de pesquisa, como petrografia, geoquímica de rocha total e geoquímica de sedimentos de corrente. As localizações dos recursos minerais, como ferro e ouro, foram consistidas e a geoquímica de sedimentos de corrente revelou áreas potenciais para ferro, manganês, cobalto, níquel, crômio e vanádio, com predominância de controle estrutural para as concentrações observadas.

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Letícia Peixoto
Assessoria de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil - CPRM
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