quarta-feira, setembro 19

Serviço Geológico do Brasil promove treinamento avançado do software ENVI


Turma que concluiu o curso de ENVI
O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) realizou entre os dias 10 e 14 de setembro em Porto Alegre treinamento do software ENVI, programa computacional de processamento digital de imagens de sensoriamento remoto. O treinamento ENVI avançado contou com conteúdo programático personalizado para aplicações geocientíficas da CPRM e foi ministrado gratuitamente pela empresa Sulsoft, representante exclusiva do ENVI no Brasil. Participaram da primeira turma, pesquisadores, pesquisadoras e analistas experientes das três diretorias técnicas. Dos 20 participantes, 7 mulheres e 13 homens, respeitando a distribuição de gênero na empresa, que é de aproximadamente 65% de homens e 35% de mulheres.  

O curso teve como objetivo capacitar profissionais experientes em processamento de dados de sensoriamento remoto no software ENVI para emprego de funcionalidades recentemente introduzidas na versão 5. O ENVI 5.5, lançado em 2018, apresenta interface moderna e amigável, ferramentas de análise aperfeiçoadas, e recursos de automação capazes de ampliar a capacidade de extração de informações de imagens ópticas, de radar ou laser, com aplicação nas diversas áreas do conhecimento geocientífico.

Segundo a pesquisadora em geociências e especialista em sensoriamento remoto da DGM, Mônica Perrotta, o processamento digital de dados de sensoriamento remoto na CPRM, desde 1995, tem sido desenvolvido, principalmente, no software ENVI, que é também a solução mais empregada por instituições de pesquisa, nacionais e internacionais, que desempenham atividades relacionadas à observação remota da Terra. Ela acrescenta que o ENVI incorpora ferramentas robustas de classificação e interpretação de dados complexos, como os 2.500 km² de imagens ópticas hiperespectrais obtidas em aerolevantamentos realizados pela CPRM, possibilitando a extração de informações mineralógicas e o mapeamento de áreas favoráveis para conter depósitos minerais.

Soma-se a isso a importância do módulo SARscape, adquirido após o grave episódio de deslizamentos de terra na região serrana do Rio de Janeiro em 2011, que permite, a partir de dados de radar, a avaliação de movimentos de massa e detecção sistemática de mudanças temporais no uso e ocupação da terra, auxiliando na identificação e redução de riscos geológicos, e na gestão territorial. “Os dados de sensoriamento remoto, adequadamente processados, são muito importantes para a geração de produtos eficazes no reconhecimento de padrões geológicos e ambientais, especialmente em áreas recobertas por florestas da região amazônica, onde somente os dados indiretos permitem a espacialização dos esparsos dados obtidos em campo”, destacou Mônica.

Para Edgar Shinzato, chefe do Departamento de Informações Institucionais (DEINF), a capacitação em Sensoriamento Remoto é um dos pilares para o desenvolvimento dos estudos geocientíficos do Serviço Geológico do Brasil. “Vivemos em uma era de avanços tecnológicos exponenciais e com o Sensoriamento Remoto chegamos a lugares onde nenhum ser humano tinha pisado antes e nos ajuda a compreender melhor os fenômenos naturais, chegando a fornecer inteligência global em tempo real”.

De acordo com o chefe da Divisão de Sensoriamento Remoto e Geofísica (Disege), Luiz Gustavo Rodrigues Pinto, as atividades de qualificação que a CPRM vem oferecendo agregam valor aos produtos desenvolvidos pela empresa e motivam profissionalmente os seus colaboradores. “Este é mais um treinamento que tem por objetivo a qualificação e atualização dos profissionais da CPRM com o que há de mais moderno na tecnologia geocientífica, uma importante ação para nos mantermos na vanguarda das produções científicas no Brasil”.

Na abertura do curso, Michael Steinmayer, diretor-presidente da Sulsoft, deu as boas-vindas aos participantes do curso: “Estamos muito felizes em receber os técnicos da CPRM e apresentar as novas ferramentas do software ENVI para processamento automatizado de imagens óticas e dados SAR, e as novidades na aplicação de processamento em nuvem e Machine Learning, celebrando os mais de 20 anos de ótima parceria com a CPRM”.

Conforme o diretor de Geologia e Recursos Minerais, José Andriotti, a CPRM utiliza o software ENVI há mais de 20 anos. “Nesse período, o ENVI tem se mostrado muito útil para as equipes. Além disso, sempre acompanhamos o processo de atualização do software com a aquisição de versões novas e com o treinamento avançado dos profissionais, de forma que a utilização do ENVI é uma cultura bem disseminada em toda a CPRM”, destacou.



Pesquisadores e analistas da CPRM realizam curso de ENVI em Porto Alegre


Janis Morais
Assessoria de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil - CPRM 
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