Andriotti discursa no Congresso Brasileiro de Geologia |
O Diretor de Geologia e Recursos Minerais do Serviço Geológico do
Brasil, José Andriotti, representou a empresa na mesa-redonda sobre as Instituições
Públicas de Geologia e da Ciência Brasileira, que aconteceu no 49° Congresso
Brasileiro de Geologia. O diretor debateu sobre o papel das instituições de
geociências e as dificuldades enfrentadas pela falta de recursos.
Andriotti comentou que a geologia básica deve ter um papel de
destaque no governo e justificou dizendo que é também através desse segmento
que o Brasil tem gerado riqueza. Ele também comentou que, mesmo com a
diminuição de repasses públicos para as instituições de pesquisa como a CPRM, o
investimento em capacitação e geração de conhecimento continua sendo o carro
chefe da empresa.
“A CPRM continua investindo principalmente em pesquisa e na capacitação
dos seus empregados. Nós temos mais de 80 empregados nesse momento cursando pós-graduação
e investimos constantemente na capacitação do nosso pessoal. A nossa empresa
acredita que é através da capacitação que nossos técnicos geram conhecimento
científico de excelência para a sociedade e esperamos que os próximos
governantes coloquem as instituições de pesquisa como prioridades em suas
ações”, comentou o diretor.
O tema crise e os desafios para a ciência no Brasil foram amplamente
debatidos pelos presentes. O Presidente da Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciência (SBPC), do Instituto de Física da URFJ, Ildeu de Castro
Moreira, mostrou estatisticamente como as instituições de pesquisa vêm sendo sacrificadas
com os cortes das despesas. “Comparando com os países desenvolvidos nós ainda
estamos muito aquém de sermos reconhecidos como um dos principais personagens
para o desenvolvimento do país. Esse debate para os estudantes tem o objetivo
de mudar gradativamente essa cultura”, comentou Ildeu de Castro.
A estudante de geografia Larissa Figueiredo, 20 anos, contou o que
aprendeu com a discussão. “Fica claro a diferença com relação ao investimento
nas instituições de pesquisa entre o Brasil e os países desenvolvidos e a gente
percebe com essas comparações o porquê deles crescem, eles valorizam a educação
e a ciência. Tomara que os nossos próximos representantes saibam valorizar a
ciência em seus mandatos”, comentou.